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São Paulo, sábado, 30 de agosto de 2003

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OUTRO LADO

Laboratórios são cautelosos ao comentar ameaça

DA AGÊNCIA FOLHA

Os laboratórios foram cautelosos ao comentar a afirmação do ministro da Saúde, Humberto Costa, ontem em Recife, sobre a ameaça de quebra de patente dos medicamentos de combate ao vírus HIV, caso não haja uma redução nos preços dos remédios.
O Laboratório Roche, que produz o medicamento nelfinavir, disse por meio de sua assessoria de imprensa que não considera que as negociações estejam encerradas.
O prazo de negociação da comissão formada por intermediar as discussões entre o ministério e os laboratórios termina amanhã.
O diretor de comunicação corporativa do Laboratório Merck Sharpe Dhome, João Sanches, disse que a declaração do ministro foi uma "surpresa" para o laboratório, que produz o medicamento efavirenz.
Segundo ele, a empresa tem uma política global de preços e qualquer modificação demandaria um prazo maior do que os 30 dias determinados. "Estamos reavaliando a política de preços para tentar atender o governo, mas é preciso mais tempo", disse Sanches.
De acordo com ele, essa posição foi comunicada desde o início das negociações com o ministério.
O laboratório Abbott informou, por meio de sua assessoria de imprensa, ter apresentado uma proposta de preço à comissão de negociação. Essa proposta, segundo a assessoria, "reflete, de maneira adequada, o investimento científico e os avanços médicos" nos medicamentos produzidos pelo laboratório para o combate à doença. O laboratório afirma ainda que espera por "um final positivo" para as negociações.
(SÍLVIA FREIRE)


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