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OUTRO LADO
Laboratórios são cautelosos ao comentar ameaça
DA AGÊNCIA FOLHA
Os laboratórios foram cautelosos ao comentar a afirmação
do ministro da Saúde, Humberto Costa, ontem em Recife,
sobre a ameaça de quebra de
patente dos medicamentos de
combate ao vírus HIV, caso
não haja uma redução nos preços dos remédios.
O Laboratório Roche, que
produz o medicamento nelfinavir, disse por meio de sua assessoria de imprensa que não
considera que as negociações
estejam encerradas.
O prazo de negociação da comissão formada por intermediar as discussões entre o ministério e os laboratórios termina amanhã.
O diretor de comunicação
corporativa do Laboratório
Merck Sharpe Dhome, João
Sanches, disse que a declaração
do ministro foi uma "surpresa"
para o laboratório, que produz
o medicamento efavirenz.
Segundo ele, a empresa tem
uma política global de preços e
qualquer modificação demandaria um prazo maior do que
os 30 dias determinados. "Estamos reavaliando a política de
preços para tentar atender o
governo, mas é preciso mais
tempo", disse Sanches.
De acordo com ele, essa posição foi comunicada desde o
início das negociações com o
ministério.
O laboratório Abbott informou, por meio de sua assessoria de imprensa, ter apresentado uma proposta de preço à comissão de negociação. Essa
proposta, segundo a assessoria,
"reflete, de maneira adequada,
o investimento científico e os
avanços médicos" nos medicamentos produzidos pelo laboratório para o combate à doença. O laboratório afirma ainda
que espera por "um final positivo" para as negociações.
(SÍLVIA FREIRE)
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