|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
RIO
Humberto Costa diz que prática é comum
40% do pessoal do Inca é contratado de fundação
FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
O ministro da Saúde, Humberto
Costa, afirmou ontem, em Recife
(PE), que 40% dos funcionários
do Instituto Nacional do Câncer
são contratados pela FAF (Fundação Ary Frauzino), entidade criada em 1991 para captar recursos
suplementares para o instituto e
que está sendo investigada pela
Controladoria Geral da União.
Segundo Costa, "boa parte" dos
demais servidores do Inca recebe
complementação salarial da fundação. "Isso vale para outros hospitais", declarou, referindo-se a
outras fundações ligadas a unidades de saúde do governo.
A Folha revelou ontem que a direção do Inca utiliza a FAF para
receber salários maiores do que o
pago ao presidente da República
(R$ 8.885,48). "Esse é um grande
problema, não só da FAF. Várias
dessas fundações que existem nos
hospitais assumiram um papel
muito grande, até de contratação
de pessoas e de complementação
salarial." Costa disse que as fundações estão sendo auditadas.
Sobre a crise no instituto, ele reconheceu que houve "incompetência administrativa, problemas
administrativos, desabastecimento", mas afirmou que a maioria
das pessoas envolvidas "é muito
decente e honesta".
"Mas houve também alguma
resistência para ações que nós estávamos desempenhando junto à
fundação", revelou. "Nós determinamos ao [ex-diretor-geral] Jamil Haddad a substituição de algumas pessoas, e a fundação se
recusou a fazê-la porque era ela
quem pagava."
Texto Anterior: Desarmamento: Lobby atrasa tramitação, diz deputado Próximo Texto: Clima: Mau tempo tira praia dos cariocas Índice
|