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São Paulo, sábado, 30 de agosto de 2003

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RIO

Humberto Costa diz que prática é comum

40% do pessoal do Inca é contratado de fundação

FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

O ministro da Saúde, Humberto Costa, afirmou ontem, em Recife (PE), que 40% dos funcionários do Instituto Nacional do Câncer são contratados pela FAF (Fundação Ary Frauzino), entidade criada em 1991 para captar recursos suplementares para o instituto e que está sendo investigada pela Controladoria Geral da União.
Segundo Costa, "boa parte" dos demais servidores do Inca recebe complementação salarial da fundação. "Isso vale para outros hospitais", declarou, referindo-se a outras fundações ligadas a unidades de saúde do governo.
A Folha revelou ontem que a direção do Inca utiliza a FAF para receber salários maiores do que o pago ao presidente da República (R$ 8.885,48). "Esse é um grande problema, não só da FAF. Várias dessas fundações que existem nos hospitais assumiram um papel muito grande, até de contratação de pessoas e de complementação salarial." Costa disse que as fundações estão sendo auditadas.
Sobre a crise no instituto, ele reconheceu que houve "incompetência administrativa, problemas administrativos, desabastecimento", mas afirmou que a maioria das pessoas envolvidas "é muito decente e honesta".
"Mas houve também alguma resistência para ações que nós estávamos desempenhando junto à fundação", revelou. "Nós determinamos ao [ex-diretor-geral] Jamil Haddad a substituição de algumas pessoas, e a fundação se recusou a fazê-la porque era ela quem pagava."


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