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SEGURANÇA
Soldado trabalharia onde mora
PM poderá ter policiamento comunitário
ANDRÉ LOZANO
da Reportagem Local
O Ilanud (Instituto Latino-Ame
ricano das Nações Unidas para a
Prevenção do Delito e Tratamento
do Delinquente) e a 4ª Companhia
do 4º Batalhão da PM elaboraram
um projeto piloto de policiamento
comunitário para os bairros de Pe
rus, Taipas e Jaraguá (região no
roeste de São Paulo).
A proposta, que está em fase fi
nal de detalhamento, será utiliza
da hoje pela Comissão de Direitos
Humanos da OAB-SP (Ordem dos
Advogados do Brasil) como base
para a discussão com o coman
dante-geral da corporação, coro
nel Carlos Alberto de Camargo,
sobre a implantação do novo con
ceito de policiamento.
O projeto de policiamento co
munitário propõe aproximar o
policial do cidadão. A idéia central
é manter o PM atuando na área em
que mora e fortalecer os Consegs
(Conselhos Comunitários de Se
gurança), que serviriam como ins
trumento de controle da polícia
pela população.
"Esse projeto servirá de base pa
ra a discussão da OAB e de outras
entidades sobre polícia comunitá
ria com o novo Comando Geral da
PM", disse o presidente da Comis
são de Direitos Humanos da
OAB-SP, Jairo Fonseca.
Segundo o comandante da 3ª
Companhia do 4º BPM, capitão
Francisco Wanderlei Rohrer, um
dos idealizadores do projeto, o po
licial que trabalhar na mesma re
gião em que mora não corre risco.
"Devemos partir do princípio
que o PM vai atuar na integração
social, não prejudicada em razão
do medo", disse Rohrer.
Outro ponto importante da pro
posta de integração da polícia com
a comunidade, segundo Regina
Célia Pedroso, coordenadora de
pesquisa do Ilanud, é a construção
de postos policiais.
O projeto cita como exemplo
dessa integração os postos poli
ciais implantados nesta década no
Japão, conhecidos como "ko
bans". Existem mil desses postos
em Tóquio e outros 15 mil no resto
do país.
Nesses postos, o policial mora
com a família. "Eles funcionam
como locais de recepção da popu
lação, que acaba sendo conhecida
do policial", disse Rohrer.
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