da Reportagem Local

O delegado-corregedor do Detran, Antonio Mestre Júnior, afirmou ontem que a força-tarefa que vai investigar a máfia do desbloqueio irregular de multas dentro do Detran vai priorizar a apuração de 64 sindicâncias nos próximos dez dias.
Serão os primeiros casos investigados pela nova equipe da corregedoria, que completou ontem uma semana no cargo. O número representa menos de 2% do total (3.600) de suspeitas de irregularidades existentes na Corregedoria do Detran.
Segundo o delegado-corregedor, todas as sindicâncias que serão priorizadas pela força-tarefa fazem parte das investigações que já tinham sido iniciadas pela antiga equipe da corregedoria envolvendo casos de desbloqueio irregular de multas.
Cerca de 20 integrantes da antiga equipe da corregedoria foram transferidos na semana passada para outros departamentos do Detran depois que a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo determinou que uma força-tarefa assuma a investigação das denúncias de irregularidades.
"Vamos pegar esses primeiros casos como uma espécie de amostragem. Com isso pronto, poderemos saber se o esquema de corrupção é um caso isolado ou se existe uma estrutura hierarquia", disse o delegado-corregedor.
Segundo Mestre Júnior, a equipe que formará a força-tarefa deverá ser definida até hoje e contará com cerca de 60 integrantes (15 delegados, 15 escrivães e 30 investigadores).
Antes de a Secretaria da Segurança reforçar a equipe, a corregedoria trabalhava com apenas 25 funcionários.
O delegado-corregedor afirmou que recebeu da Secretaria da Segurança e da direção do Detran autorização especial para que a corregedoria instale inquéritos policiais junto com a força-tarefa durante as investigações.
Isso porque a corregedoria é considerada um órgão administrativo, sem autonomia para abrir inquéritos policiais.
A atuação da corregedoria se restringe à abertura de sindicâncias internas para apurar denúncias de irregularidades envolvendo funcionários do Detran.
(GN)


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