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Mecânico nega ter vendido a arma
da Reportagem Local
O mecânico Marcos Paulo de
Almeida, 26, negou ontem ter
vendido a arma usada por Mateus
da Costa Meira para atirar contra
a platéia do cinema. Um dia após
o crime, Meira disse ter comprado do mecânico, por R$ 5.000, a
submetralhadora americana.
Almeida afirmou que os R$
1.150 encontrados em sua casa
não têm nada a ver com a possível
venda da arma. "Estava juntando
o dinheiro com bicos que faço."
Seu advogado, Rogério Marcos
Epaminondas Rocha, pediu sua
liberdade provisória, que foi negada porque ele responde na Justiça por outras acusações. Almeida já havia ficado preso antes, durante um mês, por porte ilegal de
armas e corrupção de menores.
O mecânico também negou envolvimento com drogas e afirmou
que nunca foi à casa de Meira.
Ele disse que conheceu o estudante em janeiro, na concessionária Chrysler em que trabalhava.
"Ele estava reclamando de um barulho na frente do carro."
Depois disso, segundo ele, Meira continuou a procurá-lo. Ligava
"duas ou três vezes por semana".
Apesar disso, o mecânico disse
que a relação era apenas profissional. "Eles tinham uma relação
de mecânico de confiança."
No sábado anterior ao crime, ele
disse ter sido chamado por Meira
para ir buscar um Palio cedido
pela concessionária em Campinas
(SP), já que o estudante havia batido o carro dele.
Almeida disse que foi junto com
seu amigo e vizinho conhecido
como "Ita". No mesmo dia, já em
São Paulo, Meira teria telefonado
pedindo auxílio. "Não consigo dirigir por causa do câmbio manual. Faça bom proveito." O carro
de Meira era automático.
O mecânico disse que ficou com
o carro e, no dia do crime, não viu
Meira. Ele afirmou que chegou a
telefonar para o celular do estudante às 21h, para falar sobre a devolução do veículo.
Naquele dia, Almeida disse que
saiu de casa às 14h para ir com um
amigo a uma mansão no bairro
do Morumbi, onde deixaria vale-transporte para um segurança
que trabalha no local. Ele teria
passado ainda em uma quadra de
futebol e voltado para casa às 19h.
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