São Paulo, sexta-feira, 31 de março de 2000


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CPI defende venda de remédio a granel para reduzir gastos

free-lance para a Folha

O presidente da CPI dos Medicamentos, Nelson Marchezan (PSDB-RS), disse ontem que a venda de remédios a granel é "absolutamente necessária" para baixar o preço desses produtos para o consumidor.
O fracionamento significaria que o paciente compraria remédios na quantidade exata de que precisasse, e não embalados de acordo com a conveniência dos laboratórios, como acontece hoje.
A idéia da venda a granel vem ganhando adeptos na CPI e pode fazer parte do relatório final da comissão. A deputada Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) argumenta que, além da redução de despesas com propaganda e embalagem, o fracionamento eliminaria o desperdício verificado no atual sistema de embalagem.
Marchezan informou que a CPI estuda, também, a extinção da portaria 37, de 92, que regula preços de medicamentos. Ela estabelece que o preço máximo ao consumidor não pode ser superior a 42,8% do valor de fábrica.
"A portaria regula a margem de lucro da farmácia, mas deixa livre o produtor", afirmou Marchezan.
Grazziotin e o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) concordam com o fim da portaria e querem, também, controlar os preços de insumos e limitar gastos com propaganda como medidas para baixar preços de medicamentos.
Marchezan cogitou, ontem, a possibilidade de se criar outra CPI para investigar preços e qualidade de produtos agropecuários como vacinas, vermífugos, insumos e agrotóxicos, entre outros. Ele disse achar que o assunto merece nova comissão porque "é um mundo, dá para fazer uma baita CPI", declarou.
O deputado Saulo Pedrosa (PSDB-BA) denunciou um aumento de mais de 300% no preço da dose de vacina contra a febre aftosa.


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