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CPI defende venda de remédio a granel para reduzir gastos
free-lance para a Folha
O presidente da CPI dos Medicamentos, Nelson Marchezan
(PSDB-RS), disse ontem que a
venda de remédios a granel é "absolutamente necessária" para baixar o preço desses produtos para
o consumidor.
O fracionamento significaria
que o paciente compraria remédios na quantidade exata de que
precisasse, e não embalados de
acordo com a conveniência dos
laboratórios, como acontece hoje.
A idéia da venda a granel vem
ganhando adeptos na CPI e pode
fazer parte do relatório final da
comissão. A deputada Vanessa
Grazziotin (PC do B-AM) argumenta que, além da redução de
despesas com propaganda e embalagem, o fracionamento eliminaria o desperdício verificado no
atual sistema de embalagem.
Marchezan informou que a CPI
estuda, também, a extinção da
portaria 37, de 92, que regula preços de medicamentos. Ela estabelece que o preço máximo ao consumidor não pode ser superior a
42,8% do valor de fábrica.
"A portaria regula a margem de
lucro da farmácia, mas deixa livre
o produtor", afirmou Marchezan.
Grazziotin e o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) concordam
com o fim da portaria e querem,
também, controlar os preços de
insumos e limitar gastos com propaganda como medidas para baixar preços de medicamentos.
Marchezan cogitou, ontem, a
possibilidade de se criar outra CPI
para investigar preços e qualidade
de produtos agropecuários como
vacinas, vermífugos, insumos e
agrotóxicos, entre outros. Ele disse achar que o assunto merece nova comissão porque "é um mundo, dá para fazer uma baita CPI",
declarou.
O deputado Saulo Pedrosa
(PSDB-BA) denunciou um aumento de mais de 300% no preço
da dose de vacina contra a febre
aftosa.
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