São Paulo, quinta-feira, 31 de maio de 2001

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"Quando vi pela janela, parecia um vulcão"

DA REPORTAGEM LOCAL

Um barulho e, de repente, uma chuva de óleo, que jorra do chão sob forte pressão.
A cena foi imortalizada no cinema como imagem da descoberta de petróleo, mas, para a doméstica Josefa Maria dos Santos, foi o começo de um pesadelo.
"Quando eu vi, parecia um vulcão. Eu saí correndo pela casa, gritando e fechando as janelas para que o óleo não entrasse. Não deu nem tempo de pegar todas as roupas do varal", afirma.
Além da sujeira, ela também teve medo de que o óleo fosse inflamável. "Desliguei todos os aparelhos para que uma faísca não provocasse um incêndio. Depois não tinha mais nada a fazer, por isso fiquei só olhando."
Josefa trabalha em uma das duas casas mais atingidas pelo vazamento de óleo do duto da Petrobras no condomínio de Barueri.
A dona da casa, Valéria Oliveira, 47, não conseguia falar direito. "O mínimo que eles podem fazer é cobrir meu prejuízo", repetia, olhando para a piscina com óleo e para o jardim, que passou de verde a preto.
Valéria disse que a família pretende acionar judicialmente a Petrobras. (MV)


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