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"Quando vi pela
janela, parecia
um vulcão"
DA REPORTAGEM LOCAL
Um barulho e, de repente,
uma chuva de óleo, que jorra
do chão sob forte pressão.
A cena foi imortalizada no
cinema como imagem da
descoberta de petróleo, mas,
para a doméstica Josefa Maria dos Santos, foi o começo
de um pesadelo.
"Quando eu vi, parecia um
vulcão. Eu saí correndo pela
casa, gritando e fechando as
janelas para que o óleo não
entrasse. Não deu nem tempo de pegar todas as roupas
do varal", afirma.
Além da sujeira, ela também teve medo de que o óleo
fosse inflamável. "Desliguei
todos os aparelhos para que
uma faísca não provocasse
um incêndio. Depois não tinha mais nada a fazer, por isso fiquei só olhando."
Josefa trabalha em uma
das duas casas mais atingidas pelo vazamento de óleo
do duto da Petrobras no
condomínio de Barueri.
A dona da casa, Valéria
Oliveira, 47, não conseguia
falar direito. "O mínimo que
eles podem fazer é cobrir
meu prejuízo", repetia,
olhando para a piscina com
óleo e para o jardim, que
passou de verde a preto.
Valéria disse que a família
pretende acionar judicialmente a Petrobras.
(MV)
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