SÉRGIO DÁVILA
DE NOVA YORK

O brasileiro Saul dos Reis Jr., 25, que está preso na cidade de Bridgeport (Estado de Connecticut) acusado de assassinar uma estudante norte-americana de 13 anos, foi indiciado ontem à tarde pelo crime federal de sedução de menor com uso da internet.
Um júri federal de inquisição reunido em Hartford (Connecticut) indiciou o ex-garçom depois de ouvir os argumentos da procuradoria. Seus advogados, James Lenihan e Peter Tilem, disseram desconhecer quais provas foram apresentadas para que a corte se convencesse da ação.
Em nota divulgada ontem, o procurador John Danaher, responsável pelo pedido, declara que "um indiciamento é apenas uma acusação e não prova de culpa. O acusado tem direito a um julgamento justo e cabe ao governo provar que ele é culpado".
Assim, fica cancelada a audiência de Reis na corte federal de Bridgeport, que aconteceria hoje. Ele está preso desde a semana passada mas, até agora, não foi aberto processo acusando-o formalmente de ter matado Christina Long, apesar de a polícia afirmar que ele confessou ter estrangulado a menina acidentalmente durante uma relação sexual.
A demora na abertura do processo é atribuída a uma disputa entre o FBI (polícia federal dos EUA), que quer levar o caso a uma corte federal, e o escritório do promotor público de Connecticut, que quer manter o julgamento no Estado. O crime aconteceu há 11 dias.
Em ambos os casos, se considerado culpado, Reis pode ser condenado à pena de morte. Atualmente, o brasileiro está sob custódia do Serviço de Imigração dos EUA, por estar ilegalmente no país. Na quarta-feira, no entanto, a polícia de Danbury entrou com outro pedido de prisão para ele.



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