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São Paulo, quinta-feira, 31 de julho de 2003

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VIOLÊNCIA

Estatísticas da Secretaria da Segurança de São Paulo referentes ao segundo trimestre foram divulgadas ontem

Latrocínios aumentam e homicídios caem

GILMAR PENTEADO
DA REPORTAGEM LOCAL

Os ladrões estão matando mais no Estado de São Paulo. No segundo trimestre deste ano -de abril a junho-, foram registrados 162 latrocínios (roubo com morte), 15,7% a mais do que no mesmo período de 2002.
O aumento da violência durante os roubos é confirmado pelas estatísticas criminais da Secretaria Estadual da Segurança Pública. Esses números contrariam uma tendência de queda desse tipo de crime verificada em 2002 - o recorde é 171 casos, no quarto trimestre de 2001.
Enquanto a capital paulista manteve a tendência de queda, com redução de 11,29% (de 62 em 2002 para 55 casos em 2003, na comparação dos segundos trimestres), o restante do Estado de São Paulo registrou aumentos.
A Grande São Paulo teve 34 latrocínios no segundo trimestre contra 22 no mesmo período do ano passado, um crescimento de 54,55% dos casos. Entre eles, o caso do subtenente do Exército Alcir José Tomasi, 44, morto por dois homens enquanto fazia a escolta de Sandro Luiz, 24, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 18 de junho, em Santo André. Em um crime esclarecido ontem, Tomasi foi assassinado, segundo a polícia, por dois ladrões que levaram o carro (leia texto nesta página).
No interior paulista, o aumento do número de latrocínios foi de 30,3% -de 55 no segundo trimestre de 2002 para 73 casos no mesmo período de 2003.
Na comparação dos seis primeiros meses de 2002 e de 2003, o crescimento dos casos verificado no segundo trimestre deste ano se dilui, mas ainda é constatado um crescimento nos índices: 4,2% em todo o Estado, 3,6% na Grande São Paulo e 19,2% no interior.
A ação dos ladrões sem resultar na morte da vítima também registra crescimento. O número de casos de roubo -quando existe ameaça ou uso de violência, geralmente com uso de arma de fogo- manteve uma tendência de aumento verificada desde o primeiro trimestre deste ano.
Foram 64.282 ocorrências no Estado, 8,8% a mais do que no mesmo período de 2002. É o maior registro contando todos os trimestres desde 1995, quando a estatística começou a ser feita e divulgada pela secretaria.
Se somados os primeiros seis meses de 2002 e de 2003, o crescimento no Estado do número de roubos foi de 7,8% - de 114.568 para 123.502 casos.
O número de civis mortos por policiais também manteve a tendência de crescimento já verificada pelos números da Ouvidoria das Polícias. Foram 249 mortes no segundo trimestre, 132% a mais do que no mesmo período de 2002. Na comparação de seis meses, o aumento ficou em 78,3%.
A Secretaria da Segurança Pública informou que só se posicionaria hoje sobre os números das estatísticas. Em um resumo publicado no site da pasta, no entanto, o órgão ressalta a redução no Estado dos casos de sequestro (queda de 67,42% na comparação dos segundos trimestres), de homicídios dolosos (menos 5,35%) e de roubo de veículos (menos 4,10%).
A secretaria também ressaltou o crescimento de 9,23% do número de prisões no Estado e de 16,95% das ocorrências de estouro de pontos-de-venda de drogas e captura de traficantes.


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