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VIOLÊNCIA
Estatísticas da Secretaria da Segurança de São Paulo referentes ao segundo trimestre foram divulgadas ontem
Latrocínios aumentam e homicídios caem
GILMAR PENTEADO
DA REPORTAGEM LOCAL
Os ladrões estão matando mais
no Estado de São Paulo. No segundo trimestre deste ano -de
abril a junho-, foram registrados 162 latrocínios (roubo com
morte), 15,7% a mais do que no
mesmo período de 2002.
O aumento da violência durante
os roubos é confirmado pelas estatísticas criminais da Secretaria
Estadual da Segurança Pública.
Esses números contrariam uma
tendência de queda desse tipo de
crime verificada em 2002 - o recorde é 171 casos, no quarto trimestre de 2001.
Enquanto a capital paulista
manteve a tendência de queda,
com redução de 11,29% (de 62 em
2002 para 55 casos em 2003, na
comparação dos segundos trimestres), o restante do Estado de
São Paulo registrou aumentos.
A Grande São Paulo teve 34 latrocínios no segundo trimestre
contra 22 no mesmo período do
ano passado, um crescimento de
54,55% dos casos. Entre eles, o caso do subtenente do Exército Alcir José Tomasi, 44, morto por
dois homens enquanto fazia a escolta de Sandro Luiz, 24, filho do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 18 de junho, em Santo
André. Em um crime esclarecido
ontem, Tomasi foi assassinado,
segundo a polícia, por dois ladrões que levaram o carro (leia
texto nesta página).
No interior paulista, o aumento
do número de latrocínios foi de
30,3% -de 55 no segundo trimestre de 2002 para 73 casos no
mesmo período de 2003.
Na comparação dos seis primeiros meses de 2002 e de 2003, o
crescimento dos casos verificado
no segundo trimestre deste ano se
dilui, mas ainda é constatado um
crescimento nos índices: 4,2% em
todo o Estado, 3,6% na Grande
São Paulo e 19,2% no interior.
A ação dos ladrões sem resultar
na morte da vítima também registra crescimento. O número de casos de roubo -quando existe
ameaça ou uso de violência, geralmente com uso de arma de fogo- manteve uma tendência de
aumento verificada desde o primeiro trimestre deste ano.
Foram 64.282 ocorrências no
Estado, 8,8% a mais do que no
mesmo período de 2002. É o
maior registro contando todos os
trimestres desde 1995, quando a
estatística começou a ser feita e divulgada pela secretaria.
Se somados os primeiros seis
meses de 2002 e de 2003, o crescimento no Estado do número de
roubos foi de 7,8% - de 114.568
para 123.502 casos.
O número de civis mortos por
policiais também manteve a tendência de crescimento já verificada pelos números da Ouvidoria
das Polícias. Foram 249 mortes no
segundo trimestre, 132% a mais
do que no mesmo período de
2002. Na comparação de seis meses, o aumento ficou em 78,3%.
A Secretaria da Segurança Pública informou que só se posicionaria hoje sobre os números das
estatísticas. Em um resumo publicado no site da pasta, no entanto,
o órgão ressalta a redução no Estado dos casos de sequestro (queda de 67,42% na comparação dos
segundos trimestres), de homicídios dolosos (menos 5,35%) e de
roubo de veículos (menos 4,10%).
A secretaria também ressaltou o
crescimento de 9,23% do número
de prisões no Estado e de 16,95%
das ocorrências de estouro de
pontos-de-venda de drogas e captura de traficantes.
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