EDMILSON ZANETTI
DA AGÊNCIA FOLHA,EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

Uma escola estadual de Bauru (SP) passou a vigiar seus 2.300 alunos até no banheiro, como forma de evitar atos de vandalismo e uso ou tráfico de droga. Sete câmeras de vídeo foram instaladas em quatro pontos da escola Stela Machado. Duas monitoram os banheiros, duas vigiam os corredores de acesso às salas, uma o pátio e duas a entrada da escola.
Medida semelhante está sendo adotada pela USP (Universidade de São Paulo), como forma de combater a violência. No caso de Bauru (345 km a noroeste de SP), a medida tem apoio da associação de pais e do grêmio estudantil.
O promotor da Infância e da Juventude da cidade, Lucas Pimentel de Oliveira, vai vistoriar as instalações para saber se há violação da intimidade. Em princípio, ele não vê ilegalidade. "A não ser que as imagens sejam exploradas para outros fins."
Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria da Educação do Estado informou que não recomenda o uso de câmeras, mas dá às escolas autonomia para decisões internas.
A diretora substituta da escola, Maria Célia Lopes, disse que, no caso dos banheiros, as câmeras não atingem o local onde estão os vasos sanitários.
Segundo a direção, frequentemente são estouradas bombas nos banheiros. Muros e paredes vivem pichados. No ano passado, um aluno foi flagrado com droga.
O monitoramento, iniciado na segunda-feira, será feito durante dois meses, experimentalmente. Se for aprovado, será adotado definitivamente. A Stela Machado é a segunda das 49 escolas estaduais de Bauru a utilizar câmeras. Na escola Plínio Ferraz, a experiência durou três meses, no ano passado. Os equipamentos foram danificados e furtados.


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