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NA FILA
Ele diz que não será aliado incondicional de Pitta
Suplente de Maeli é delegado do 77º DP
SÍLVIA CORRÊA
da Reportagem Local
A bancada governista na Câmara Municipal de São Paulo pode
passar a contar com um voto a
menos se o mandato de Maeli
Vergniano for cassado.
O suplente de Maeli, o delegado
Carmino Pepe, 51, já anunciou
que rejeita o rótulo de governista
e declarou que seu voto não será
orientado pelo Executivo.
"Vou como independente", disse Pepe à Folha. "Não caso com o
governo nem visto a camisa do
PT. Vou analisar cada um dos
projetos e votar. Não tenho compromisso com ninguém."
Candidato pelo PL, Pepe teve
12.177 votos em 96 e ficou como o
primeiro suplente da coligação
PL-PDT, que elegeu Maeli. Em tese, o PL é um dos partidos que
compõem a base de apoio do prefeito Celso Pitta. Hoje, porém, dos
três representantes que o partido
tem na Câmara -Maria Helena
Fontes, José Viviane Ferraz e Mohamad Mourad-, um (Mourad)
vota com os oposicionistas.
Policial há 27 anos, o titular do
77º DP (Santa Cecília) filiou-se ao
PL para se candidatar "porque
um amigo havia desistido". Elegeu-se com votos espalhados pela
cidade, vindos sobretudo de delegados e investigadores.
Para Pepe, "as denúncias de
corrupção estão fazendo com os
vereadores o que já fizeram com
os policiais". "Alguns fazem as
coisas erradas, mas todos levam a fama de corruptos."
Se assumir amanhã, Pepe deve se abster da votação da cassação de José Izar (PFL). "Não
olhei o processo, não estava lá,
não posso votar", declarou.
Sobre a instauração de uma
nova CPI para investigar outros braços da máfia da propina, o delegado disse que ela só
terá seu voto "se existirem provas materiais suficientes".
Ele também afirmou ser a favor da legalização das peruas,
mas disse ser contrário à venda
do Pacaembu, um dos bens
municipais que Pitta pretende
privatizar para pagar a dívida
do município com a União.
Izar
Diferentemente de Pepe, o
suplente de José Izar (PFL) é
um declarado membro da base
governista. Candidato pelo
PFL, Carlos Takahashi, 36, é
hoje assessor de Pitta para assuntos intermunicipais.
Em 96, teve 11.243 votos. A
maioria veio, segundo ele, dos
membros da Seicho-no-iê.
Em 97, ele substituiu Ivo
Morganti (PMDB) por um
mês. Na ocasião, apresentou 12
projetos. Entre eles estava a
proposta de criação de uma
controladoria do Executivo,
que promete reapresentar. "O
prefeito é uma pessoa muito
correta. Farei o que puder para
ajudá-lo", disse Takahashi.
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