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Câmara deve cassar os dois e barrar CPI
da Reportagem Local
Líderes governistas na Câmara
Municipal defendem a cassação
de Maeli Vergniano (sem partido)
e José Izar (PFL) e o arquivamento das duas propostas de CPI que
há na Casa. Para esses vereadores,
as duas cassações deixariam a
opinião pública satisfeita e a cobrança sobre os parlamentares seria menor, propiciando o arquivamento da CPI sem maiores danos à imagem da Câmara.
"A base governista é contra
qualquer CPI, mas só iremos discutir o assunto após a definição
dos dois processos de cassação",
afirmou Miguel Colasuonno
(PPB), um dos vereadores mais
próximos do prefeito Celso Pitta.
A idéia divulgada pelos líderes
aos demais governistas é cassar
Maeli hoje, Izar amanhã e derrubar as duas propostas de CPI na
quinta-feira. Há duas propostas
de comissão de inquérito na pauta. Uma da oposição, de autoria
de Roberto Trípoli (PSDB), e outra da situação, assinada por Miriam Athiê (PMDB). Para qualquer uma delas ser aprovada ou
derrubada, são necessários votos
de 28 vereadores.
A sessão de julgamento de Maeli tem início às 10h de hoje. Para
um vereador ser cassado, são necessários os votos de 37 vereadores. Dos 55 parlamentares paulistanos, apenas dois não votam: a
própria Maeli e José Eduardo
Cardozo (PT), o autor da denúncia. A oposição, que hoje terá 21
votos, fechou questão pela cassação. Se metade dos 32 governistas
que votam hoje decidir pela cassação, Maeli perde o mandato.
Mas o plano dos líderes da bancada de apoio a Pitta pode dar errado porque o voto é secreto. "O
resultado da votação é imprevisível. Um vereador pode dizer uma
coisa e votar diferente", afirmou
Colasuonno.
Caso um vereador divulgue seu
voto antes da abertura da urna,
pode ser impugnado.
Outro fator que pode influenciar e que assessores de Izar e
Maeli estão ameaçando vereadores que votarem a favor da cassação. Segundo um vereador do
PTB, os assessores afirmam ter
dossiês com irregularidades de
outros parlamentares. Em caso de
cassação, divulgariam os dossiês.
Essa foi a última cartada de
Maeli para salvar o mandato. Ontem, ela não compareceu à Câmara. Procurada pela Folha, a vereadora afirmou que não dará declarações até o final do julgamento.
Há três acusações contra Maeli,
que serão votadas separadamente
pelo plenário: enriquecimento ilícito, intimidação de testemunhas
e uso ilícito de carro cedido pela
Vega Ambiental.
(OC)
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