da Reportagem Local

Mário Covas contestou os números apresentados pela própria Febem. A entidade informou que, em junho de 1996, havia 1.700 vagas para internos. Em setembro deste ano, essas vagas subiram para 2.350, segundo a própria Febem.
Durante entrevista coletiva na sexta-feira, depois de visitar o complexo do Tatuapé, Covas afirmou que dobrou o número de vagas em sua gestão.
"Esses números apresentados estão errados. Havia 1.800 quando assumi e atualmente há 3.600 vagas", afirmou.
Os números aos quais o governador se refere são de internos e não propriamente de vagas, uma vez que há superlotação nas unidades da Febem.
A promessa do governador de informatizar todas as unidades da Febem, com objetivo de facilitar a consulta ao estado processual de cada interno, voltou a ser reformulada na sexta-feira.
O governador prometeu que até 20 de dezembro irá equipar as unidades com equipamentos de informática. "Vamos poder fazer consultas on-line", disse.
Segundo Covas, a Prodesp (Processamento de Dados do Estado de São Paulo) ficará encarregada pelos programas e instalações. "Não sei quanto vai custar, mas a empresa vai fazer."
Ele disse que pretende redefinir a função do monitor e retomar um programa de qualificação profissional dos funcionários da Febem. Essas promessas foram feitas também em 1996.
Para o governador, o projeto de devolver alguns adolescentes às famílias mediante uma contribuição do Estado de aproximadamente R$ 500 não foi executado por causa da Justiça. "Isso depende do Judiciário. Se a criança puder ficar com a família, melhor. Se isso dependesse de uma complementação de renda, não haveria problema", afirmou.
Na sexta-feira, Covas reconheceu que o problema da Febem vem persistindo sem uma solução efetiva. "Nem sempre temos dado à Febem a velocidade que é necessário."


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