São Paulo, Domingo, 31 de Outubro de 1999
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Pioneiros são de Paragominas

do enviado especial a Itacoatiara

Um dos maiores pólos de madeira na Amazônia é Paragominas, à beira da Belém-Brasília. No auge da atividade, início dos anos 90, chegou a ter 240 madeireiras. Hoje não são mais de 120.
As motosserras e serrarias vão embora porque a madeira está cada vez mais distante.
Acima de 80 km, dizem empresários, deixa de ser economicamente viável.
Paragominas foi também palco de uma experiência pioneira com manejo sustentável. Notando a total falta de informações sobre o comportamento da floresta, o ecólogo norte-americano Christopher Uhl iniciou em 1993 um estudo-piloto que daria o que falar.
Foi um dos primeiros projetos da ONG de pesquisa Imazon (Instituto para o Homem e o Meio Ambiente da Amazônia) que Uhl e cientistas brasileiros criaram em Belém.
Sua maior dificuldade foi encontrar um empresário disposto a ceder os 200 hectares.

Solução
Segundo Paulo Amaral, do Imazon, isso só foi possível quando ficou claro que estavam ali "tentando encontrar soluções, não culpados". Acabaram convencendo os donos da Fazenda Agrocet.
Entre outras façanhas, o piloto do Imazon foi responsável pela introdução do "skidder" (trator florestal) na região. Um ano depois, 32 unidades já haviam sido adquiridas. (ML)


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