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SAÚDE
Especialistas divergem sobre quando iniciar tratamento
Coquetel anti-Aids pode dar sobrevida de 18 anos a doente
AURELIANO BIANCARELLI
enviado especial a Lisboa
O emprego bem sucedido do
coquetel anti-Aids pode adiar o
aparecimento da doença por 18
anos ou mais. Sem tratamento algum, as pessoas infectadas tendem a cair doente num período
médio de oito anos.
A promessa de 18 anos de saúde
é, por enquanto, uma teoria, já
que o inibidor de protease - última droga das três que formam o
coquetel- só foi lançada há três
anos.
A projeção foi feita a partir dos
resultados do Eurosida, estudo
iniciado em 94 e que vem acompanhando 8.500 pacientes de 60
centros em 20 países europeus.
Os resultados foram apresentados na 7ª Conferência Européia
de Aids realizada na última semana em Lisboa. A projeção do Eurosida provocou uma longa discussão no congresso: o momento
de se iniciar o tratamento e qual
dosagem a ser indicada. A tese do
"bater cedo e forte", defendida há
dois anos, vem sendo questionada diante dos efeitos colaterais.
As opiniões são divergentes. O
pesquisador inglês Ian Weller defende que só há desvantagens
quando se começa muito cedo,
pois o sistema imunológico fica
sujeito aos vírus resistentes e aos
efeitos colaterais.
Já a pesquisadora francesa
Christine Katlana diz que "quanto mais cedo, melhor será, pois o
sistema imunológico terá tempo
para definir estratégias e reforçar
as respostas".
Na realidade, os especialistas estão em compasso de espera, tentando lidar da melhor forma com
as drogas que têm à mão.
Aureliano Biancarelli viajou a
convite do laboratório Abbott
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