da Reportagem Local

São Paulo deverá fechar 98 com uma média de 3 mortes no trânsito para cada 10 mil veículos, segundo estimativa da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
Esta é a primeira vez que a cidade se aproxima de índices registrados por cidades do Primeiro Mundo, como Nova York e Londres, que mantêm uma média de 2 mortos por 10 mil veículos.
O número de mortos por veículos é mundialmente usado para medir a violência no trânsito nas grandes cidades.
O resultado é mais impressionante se comparado com os dados de 1978, quando São Paulo tinha 16 mortes para 10 mil veículos.
Segundo a CET, a redução das mortes registradas no trânsito em 98 deverá ficar em 24,3%, a mesma acumulada entre janeiro e novembro.
A comparação foi feita com o mesmo período de 97, quando a redução ficou perto dos 10%, em relação a 96. Os números de 1998 indicam 449 mortes a menos no trânsito de São Paulo.
A porcentagem é quase três vezes superior à obtida pela CET no ano passado, quando a empresa conseguiu o melhor resultado desde a sua criação, há 22 anos.
O resultado mostra que o peso econômico das multas do Código de Trânsito Brasileiro, junto com a aposta na fiscalização eletrônica, está se mostrando mais eficiente do que as tradicionais campanhas educativas. As multas mais caras podem chegar a R$ 865.
"Os dois fatores se complementam. A fiscalização, por mais eficiente que seja, não resolve o problema se a multa for barata demais", disse o diretor de operações da CET, Luiz Carlos Cunha.
De janeiro até novembro, a CET aplicou 3,077 milhões de multas de trânsito (1,1% a menos do que no mesmo período do ano passado).
Segundo a companhia, o controle da velocidade é essencial para baixar as mortes. Isso porque essa infração é a que mais contribuiu para a ocorrência de acidentes graves.
Para 99, a Prefeitura de São Paulo promete reforçar a fiscalização eletrônica dos semáforos com a instalação de novos caetanos -aparelhos que fotografam a placa do veículo quando o motorista cruza o semáforo vermelho. (GN)



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