da Reportagem Local

As reuniões para a tomada de decisão sobre o destino da greve de fome são difíceis, em razão do estado debilitado dos presos.
Quando há alguma decisão a ser tomada, os presos se reúnem na enfermaria esquerda da UTI do pronto-socorro do HC.
A comunicação entre os presos é cada vez mais difícil, pois suas vozes estão fracas e "arrastadas". Muitas vezes eles não entendem o que um integrante do grupo está falando e acabam discordando da posição do colega defendendo a mesma idéia. Algumas vezes as reuniões são interrompidas porque algum dos presos passa mal ou desmaia.
Os chilenos Sérgio Urtubia, Maria Emília Marchi e Ulisses Gallardo e o brasileiro Raimundo Costa Freire permanecem deitados, pois já não conseguem se locomover.
O chileno Hector Tapia e o argentino Horácio Paz são conduzidos em cadeira de rodas. Humberto Paz, que até anteontem necessitava de cadeira de rodas, conseguiu caminhar ontem. O chileno Pedro Lembach consegue caminhar lentamente, sempre carregando o suporte do soro.
Segundo o porta-voz dos presos, Breno Altman, é sempre Humberto que inicia e conduz as conversações quando se trata de uma questão levantada pelos presos.
Quando alguma informação parte de algum integrante do comitê de apoio aos presos, cada sequestrador expõe sua posição, mas Humberto é sempre o último a falar. (AL)



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