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Para Marrey, tratados têm que ser aprovados antes
da Reportagem Local
O procurador-geral de Justiça de
SP, Luiz Antonio Marrey, afirmou
ontem que, em princípio, a proposta do governo de antecipar a
transferência é inconstitucional.
Segundo ele, pela Constituição
os tratados têm que ser aprovados
pelo Congresso. "Toda doutrina
brasileira até hoje foi no sentido de
que a execução dos tratados só pode ocorrer após o seu referendo
pelo Congresso."
O advogado Walter Ceneviva
também considera irregular a solução. "Enquanto o Congresso
não aprovar os tratados de transferência, a proposta oferecida pelo
governo está em suspenso."
Segundo Ceneviva, o governo federal está cedendo "ilegalmente"
à pressão dos sequestradores. "É
preciso esperar a formalização da
legislação apropriada."
Para Dalmo Dallari, a transferência dos presos sem aprovação
dos acordos fere princípios da
Constituição. "A começar pela
igualdade de direitos perante a lei.
O governo está ansioso para se livrar do problema, mas, com isso,
não pode agir fora da lei."
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