Protestos na Ceagesp são encerrados após novo dia de tumulto

Após o segundo dia de paralisação e tumulto, integrantes de sindicatos e associações de trabalhadores que atuam na Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) encerraram a paralisação.

Restaurantes, feiras e supermercados da cidade já estavam ameaçados de ficarem desabastecidos.

Os trabalhadores exigiam o cancelamento do edital de licitação que prevê, entre outros pontos, a taxação da circulação de veículos dentro do entreposto, em São Paulo.

Ontem, porém, eles aceitaram proposta feita pela Ceagesp na quarta-feira -suspensão no edital por 15 dias, prorrogáveis por mais 15, e abertura para discussão.

Durante a manhã, houve tumulto no local. Um grupo de trabalhadores tentou fechar a av. Dr. Gastão Vidigal e a pista local da marginal Pinheiros, na zona oeste, mas foi impedido pela PM.

Com a confusão que se formou, os portões do entreposto foram fechados.

Após o tumulto, a Ceagesp solicitou a reintegração de posse do espaço à Justiça. Segundo a assessoria da companhia, o pedido foi concedido à tarde e por volta das 18h a PM acompanhou trabalhadores de volta às atividades.

Segundo o presidente da Associação dos Permissionários do Entreposto de São Paulo, Eduardo Haiek, não há possibilidade de nova paralisação. Uma comissão se reunirá segunda-feira com o presidente da Ceagesp para apresentar os pontos que desagradam os trabalhadores.

Ontem, a paralisação já influenciava o preço das frutas vendidas em uma feira na rua São Miguel, na região central.

O feirante Herbert Guedes, 30, vendia um mamão papaia por R$ 1,50 na semana passada. Ontem, o preço já havia passado para R$ 2,50.

"Fui até o Mercado Municipal para conseguir mercadoria, mas eles aumentaram o preço", diz Guedes.