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Vídeo mostra suposta ação de brasileiro morto na Austrália

Gravação é da loja de onde ele era suspeito de roubar pacote de bolacha

MARCOS MOREIRA CLEMENTINO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quase dois meses após o brasileiro Roberto Laudísio Curti, 21, ser morto em Sydney por disparos de armas de choque da polícia australiana, o caso continua indefinido. Agora, surgem as imagens do circuito interno da loja da qual ele é suspeito de furtar um pacote de bolachas.

Curti foi perseguido por seis policiais e morto por três disparos de arma de choque a cerca de um quilômetro da loja.

Existe a suspeita de que ele estivesse sob efeito de drogas e a morte gerou discussão sobre o uso de armas de choque.

O vídeo mostra, em três diferentes ângulos, a imagem de um jovem parecido com Curti, vestindo jeans e com uma camiseta branca sobre o ombro esquerdo.

Ele entra na loja, diz alguma coisa para o funcionário -o vídeo não tem áudio- e se dirige à porta do caixa, exclusiva para funcionários.

Na sequência, o funcionário dá ao jovem um copo e uma embalagem com biscoitos e o jovem se senta no chão.

Após algum tempo, ele se levanta, atravessa o espaço reservado para os funcionários e alcança a outra extremidade do caixa, ficando de frente para a câmera.

Em certo momento, o atendente tenta tirar o jovem do local. Ele resiste, mas em seguida deixa a loja correndo.

Menos de um minuto depois, o vídeo mostra que o mesmo rapaz retorna à loja correndo, vai direto à porta do caixa, que dessa vez está trancada. Como não consegue abrir, pula e cai em cima do balcão. Novamente, o funcionário expulsa ele do local.

O jovem vai então para frente do balcão, pega dois pacotes -aparentemente de bolacha, um do chão e outro da prateleira, -e sai sem pagar.

Em seguida, o funcionário faz um telefonema. Os policiais chegam quatro minutos depois de o jovem deixar a loja e imediatamente iniciam a perseguição. No dia 15 de abril, o corpo do estudante foi enterrado no cemitério do Araçá na capital paulista.

A investigação da morte de Curti continua em segredo.

A Folha procurou a família de Curti e questionou se tiveram acesso ao vídeo. Também enviou imagens para saber se o jovem que aparece nelas é de fato Curti. A família não respondeu.

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