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ANS permite reajuste acima da inflação para convênios

Aumento de planos pode ser de até 7,93%; valor também é maior que o de 2011

Gerente diz que cálculo tem especificações próprias e não pode ser comparado com índices gerais de inflação

PEDRO SOARES
DO RIO

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) autorizou reajuste máximo de 7,93% nos planos de saúde individuais ou familiares contratados a partir de 1999, que no total somam 8 milhões de beneficiários.

O índice corrige planos com aniversário entre maio deste ano e abril de 2013 -17% de todos os contratos do setor.

Planos mais antigos que não tenham definição clara sobre as regras de reajuste também terão seus aumentos calculados com base nos índices autorizados pela ANS.

O aumento superou a inflação média acumulada no período, de 4,99%, segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE. O aumento também foi maior que o concedido no ano passado: de 7,69%.

O índice mais elevado de reajuste neste ano se deve à inclusão, pelas operadoras, de um novo rol de procedimentos médico-hospitalares que antes não tinham cobertura.

Para Rosana Neves, gerente-geral Econômico Financeiro de Produtos da ANS, o percentual de reajuste não pode ser comparado com os índices gerais de inflação, que medem a variação de preços de diversos setores.

"O índice de reajuste divulgado pela ANS não é um índice de preços. Ele é composto pela variação da frequência de utilização de serviços [de saúde], da incorporação de novas tecnologias [mais caras] e pela variação dos custos de saúde."

Neves ressalta, porém, que o aumento concedido ficou abaixo da variação do rendimento médio dos trabalhadores no período, cujo aumento nominal (sem descontar a inflação) foi de 9,8%.

A demora na concessão do reajuste foi provocada pelo atraso na finalização da proposta de uma nova fórmula de reajuste para os planos, que está em discussão entre a agência, as operadoras e entidades que representam consumidores. A metodologia atual é válida desde 2001.

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