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Gripe A provoca corrida por vacina no Sul No interior gaúcho, há registros de confusão e intervenção da polícia; doença já causou 23 mortes no Estado Moradores vendem lugares na fila; segundo Ministério da Saúde, não há como vacinar toda a população FELIPE BÄCHTOLDDE PORTO ALEGRE O medo da gripe A está causando correria em busca da vacina no Rio Grande do Sul. Nas cidades do interior, longas filas têm se formado. Alguns moradores viraram a noite na espera pela dose gratuita, e há registros de tumulto e intervenção da polícia. O Estado, onde 23 pessoas já morreram devido à doença neste ano, recebeu 800 mil doses extras da vacina. Em toda a região Sul do país, segundo o Ministério da Saúde, já são 69 mortes. A campanha do governo federal deste ano previa a vacinação de grupos restritos, como gestantes e idosos. Agora, mesmo com as doses extras, não há vacinas para todos no Estado. Assim, os municípios definem seus critérios de prioridade. Ontem, em Santa Rosa (a 486 km de Porto Alegre), a vacina foi aplicada por ordem de chegada. A fila começou a se formar anteontem para a distribuição das 9.000 doses. Situação pior ocorreu na última semana em Cruz Alta (a 343 km da capital). Em dois dias, 15 mil doses foram aplicadas. Houve confusão e até casos de venda de lugares na fila. A polícia foi chamada para evitar tumultos. Escolas municipais anteciparam as férias como precaução. Em Carazinho (a 285 km de Porto Alegre), o lote extra acabou em poucas horas ontem. O secretário municipal de Saúde, Mauro Mazzutti, afirma que alguns moradores fizeram "plantão desde as 4h" pela aplicação. "Tinha gente muito afoita, desesperada e causando pânico no resto da população." Na região de Santo Ângelo (a 434 km da capital), o Ministério Público recomendou a 83 prefeituras que vacinem prioritariamente crianças de até 12 anos. A medida não tem poder de lei, mas já começou a ser seguida. COBRANÇA Na rede particular, as doses custam a partir de R$ 50, mas estão em falta no RS. Na semana passada, a federação de municípios cobrou do Estado doses para todos. O sindicato dos professores também pediu a vacinação de todos os estudantes. Para o ministério, não há como vacinar toda a população. Segundo o último balanço, já houve 1.099 casos da doença, com 110 mortes neste ano no país. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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