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Distrito de Pinheiros reclama de calçadas

Para 26% dos entrevistados, o pior do bairro são calçamento e asfaltamento; queixa ocorre também no Morumbi

ALESSANDRO FIOCCO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Pinheiros é hoje um dos maiores canteiros de obras de São Paulo. Tratores, poeira e barulho infernizam não só o trânsito. Sobra para o pedestre, que reclama de calçadas esburacadas, piso desnivelado e pedras soltas pelas ruas do bairro.

Pesquisa Datafolha aponta que o maior problema de Pinheiros são calçamento e asfaltamento, para 26% dos moradores. O item ganha até do trânsito -o vilão para 21% dos entrevistados.

Esse índice é quase quatro vezes maior do que o apontado pela pesquisa em 2008, quando 7% o destacaram.

Das 15 regiões da zona oeste, Pinheiros é a que mais reclama do problema. Depois vem Itaim Bibi e Jaguara, ambas com 25%. No Morumbi, a queixa foi de 11% para 16%.

"Da minha porta já vi várias pessoas caírem de joelhos no chão", conta o comerciante José Luciano Correia, 39, referindo-se às pedras soltas em frente a seu comércio na rua Teodoro Sampaio.

Dono de uma luteria -que conserta instrumentos musicais de corda-, ele diz que, quando chove, as pedras todas saem do lugar. "Eu mesmo já saí da loja e fui para a calçada recolocá-las."

Correia fez questão de exibir os números de protocolo de reclamações que abriu junto à prefeitura. Só neste ano, foram três tentativas.

"Abri a reclamação em junho. Pediram para retornar no começo de julho. Depois jogaram para o dia 23 do mesmo mês. Quanto retornei, ela havia expirado", diz.

No quesito satisfação com a calçada, Pinheiros somou 4,2. Este item não constava da pesquisa em 2008.

A Folha percorreu cerca de 12 quadras, da praça Benedito Calixto à rua Oscar Freire, e detectou o problema na maior parte das calçadas desse trajeto.

"Para quem anda está péssimo. Imagina para quem tem problema de locomoção?", questiona a dona de casa Cláudia Simões, 47.

Cláudia conta que o pai dela, de 82 anos, que se locomove com o auxílio de um andador, não pode caminhar na frente de casa.

"Não há espaço de um metro livre de perigos", aponta para o chão ao se deparar com rachaduras.

A Subprefeitura de Pinheiros disse que cabe ao locatário ou ao proprietário do imóvel a conservação do passeio.

O órgão é responsável pela fiscalização, feita hoje por 700 agentes que realizam ainda outros tipos de vistoria.

Informou também que reformou 10 km de calçadas da região e remodelou outros 4 km da avenida Faria Lima.

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