Buracos 'teimam' em reaparecer, diz moradora

Taxista há 20 anos no encontro das ruas Alves Guimarães e Teodoro Sampaio, Gilberto Nogueira, 53, conhece bem cada "pedacinho" de Pinheiros, incluindo até os buracos e falhas que "compõem" as vias do bairro.

As ruas do distrito de Pinheiros são seu ganha-pão, mas já causaram diversas avarias no seu carro.

"Tive o pneu cortado. Foram feitos ajustes na suspensão e alinhamento na direção por conta de acidentes que sofri por aqui", diz.

A pesquisa do Datafolha revela que o asfaltamento das ruas e avenidas de Pinheiros tem uma das notas mais baixas de um total de 15 distritos: 5,7.

Em 2008, recebeu 6,8, variação negativa de 1,1.

No entanto, o Jardim Paulistano exibe a maior variação: de 7,2 em 2008 para 6 na pesquisa atual.

Outras regiões apresentam resultado abaixo, que são Vila Sônia (5,3), Raposo Tavares (5,5), Itaim Bibi e Jaguara, ambos com 5,6.

Já em outro item, que trata da conservação das ruas e avenidas, Pinheiros recebeu 5,9 -ante 7 em 2008. Abaixo estão Raposo Tavares (5,3), Vila Sônia (5,5) e Itaim (5,7).

Companheiro de trabalho de Nogueira, o também taxista Marcos Segantin, 49, entra na conversa e endossa a opinião do amigo.

"É de péssima qualidade [o asfalto]. Recentemente, passaram o produto na Doutor Arnaldo e depois da primeira chuva desmanchou."

Moradora de Pinheiros há 15 anos, a bióloga Renata Vaz, 27, diz que os problemas são recorrentes sempre nos mesmos pontos.

Em sua rua, a Mateus Grou, os mesmos buracos, de acordo com ela, teimam em reaparecer "de dez em dez meses".

Renata conta que a solução aparece só quando os buracos se tornam maiores.

"Quando chegam a um tamanho em que a roda do carro encaixa, a prefeitura aparece para resolver."

A Superintendência das Usinas de Asfalto, órgão da prefeitura responsável pelo serviço, informou que faz manutenção constante na região.

Diz ainda que, de 2005 a setembro de 2012, foram recapeados 145 km de vias apenas em Pinheiros. (AF)