São Paulo, domingo, 01 de janeiro de 2006

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Dívida externa de empresa cai

DA REPORTAGEM LOCAL

Para as empresas com dívidas em moeda estrangeira, a valorização do real ajudou a melhorar os resultados nos últimos três anos. O endividamento total de 186 empresas de capital aberto pesquisadas pela Economática caiu de R$ 175,4 bilhões em setembro de 2002 para R$ 146 bilhões em setembro de 2005 (data dos últimos balanços trimestrais). A Petrobras não integra a amostra -seu porte distorce os resultados.
A parcela da dívida em moeda externa também caiu. "Hoje, o endividamento das empresas brasileiras de capital aberto é 50% em dólar e 50% em reais", diz Einar Rivero, diretor da Economática.
Em setembro de 2002, a dívida em moeda estrangeira atingiu seu patamar mais alto desde o Plano Real e equivalia a 71% do endividamento total dessas empresas. Entre 1994 e 2002, ela girou em torno de 70% do endividamento.
Os dados da Economática mostram uma forte correlação entre a taxa de câmbio e o peso da dívida em dólares no endividamento das empresas. Quando bateu no pico de 71%, em setembro de 2002, o dólar Ptax estava em R$ 3,89. O câmbio sofria, então, a pressão do chamado "risco Lula", quando se configurou como certa a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais.
Passadas as eleições, o dólar começou a recuar e, com o peso dos sucessivos saldos recordes da balança comercial, a cotação da moeda americana despencou.
Em setembro de 2005, quando o endividamento das empresas em moeda estrangeira correspondia a 50% da dívida total, o dólar Ptax estava em R$ 2,22, segundo dados da Economática. (SB)


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