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Dívida externa de empresa cai
DA REPORTAGEM LOCAL
Para as empresas com dívidas
em moeda estrangeira, a valorização do real ajudou a melhorar os
resultados nos últimos três anos.
O endividamento total de 186 empresas de capital aberto pesquisadas pela Economática caiu de R$
175,4 bilhões em setembro de
2002 para R$ 146 bilhões em setembro de 2005 (data dos últimos
balanços trimestrais). A Petrobras não integra a amostra -seu
porte distorce os resultados.
A parcela da dívida em moeda
externa também caiu. "Hoje, o
endividamento das empresas brasileiras de capital aberto é 50% em
dólar e 50% em reais", diz Einar
Rivero, diretor da Economática.
Em setembro de 2002, a dívida
em moeda estrangeira atingiu seu
patamar mais alto desde o Plano
Real e equivalia a 71% do endividamento total dessas empresas.
Entre 1994 e 2002, ela girou em
torno de 70% do endividamento.
Os dados da Economática mostram uma forte correlação entre a
taxa de câmbio e o peso da dívida
em dólares no endividamento das
empresas. Quando bateu no pico
de 71%, em setembro de 2002, o
dólar Ptax estava em R$ 3,89. O
câmbio sofria, então, a pressão do
chamado "risco Lula", quando se
configurou como certa a vitória
de Luiz Inácio Lula da Silva nas
eleições presidenciais.
Passadas as eleições, o dólar começou a recuar e, com o peso dos
sucessivos saldos recordes da balança comercial, a cotação da
moeda americana despencou.
Em setembro de 2005, quando o
endividamento das empresas em
moeda estrangeira correspondia
a 50% da dívida total, o dólar Ptax
estava em R$ 2,22, segundo dados
da Economática.
(SB)
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