São Paulo, quinta-feira, 01 de fevereiro de 2001

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Cai mito que rondava nome de Greenspan

DE WASHINGTON

Acabou o mito que cercava o presidente do Fed, Alan Greenspan, uma das figuras públicas mais respeitadas dos EUA nos últimos anos.
Sua recente condução da política monetária, considerada nervosa, e sua decisão de apoiar publicamente o corte de impostos mesmo depois de tê-lo criticado em situações anteriores lhe renderam críticas impensáveis há dois anos.
"No passado, as pessoas achavam que qualquer decisão ou declaração vindas de Greenspan tinham solidez só porque vinham dele", disse Brian Wesbury, ex-economista-chefe do Congresso norte-americano. "Hoje, todos perguntam se Greenspan quis agradar alguma força política com suas declarações."
Gene Sperling, do Instituto Brookings, disse que as falas de Greenspan sobre o corte de impostos "foram infelizes e frágeis". Robert Reich, ex-secretário do Trabalho dos EUA, considerou-as "afirmações políticas, não econômicas".
O corte de impostos é a espinha dorsal do programa do novo presidente norte-americano, George W. Bush.
Quando Bill Clinton, opositor da idéia, ainda ocupava a Casa Branca, Greenspan dizia que a prioridade no país era pagar a dívida pública, e não cortar impostos. (MA)


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