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Ministro promete 1ª colheita "sem buraco"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro dos Transportes,
Anderson Adauto, afirmou que
os produtores não precisam temer pelo escoamento da safra
deste ano. "Não há que ter
apreensão. Estamos há oito meses
debruçados sobre esse problema,
há oito meses trabalhando", disse.
Segundo o ministro, no ano
passado foram investidos R$ 165
milhões para melhorar as rotas de
escoamento de safra. Para este
ano, estão previstos R$ 200 milhões, sendo que R$ 90 milhões
serão liberados nos próximos dias
e o restante, até 15 de fevereiro. A
maior parte da colheita acontece
entre março e maio.
Para Adauto, essa será a "primeira safra sem buraco".
O excesso de chuvas, no entanto, pode atrapalhar os planos do
governo. "Há buraco agora porque está chovendo. Com chuva
não dá para consertar as estradas", lamenta o ministro.
Segundo o coordenador-geral
de Restauração e Manutenção do
Dnit (Departamento Nacional de
Infra-estrutura e Transportes),
Hideraldo Caron, o orçamento do
seu departamento, responsável
em consertar estradas, será o
maior dos últimos tempos -R$
950 milhões. No ano passado, recebeu R$ 650 milhões.
A operação emergencial de recuperação das estradas pelas
quais escoam a safra vai apenas
minimizar os prejuízos, dizem os
especialistas entrevistados pela
Folha. Em Mato Grosso, as empreitadas para tapar buracos são
conhecidas por "asfalto sonrisal":
quando chove dissolve. Os remendos duram no máximo três
meses ou até a volta das chuvas.
Os trechos que estão sendo recuperados foram escolhidos com
base num relatório da Conab
(Companhia Nacional de Abastecimento). A situação dos principais eixos de escoamento é grave,
de acordo com o documento produzido em novembro.
"Obras paralisadas", "incidência de buracos", "sinalização precária", "pavimento totalmente
desagregado e desconfortável" e,
obviamente, "risco de acidentes"
são os termos usados para descrever quase 700 quilômetros do trecho da BR-153 que atravessa
Goiás de norte a sul.
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