São Paulo, domingo, 01 de fevereiro de 2004

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Ministro promete 1ª colheita "sem buraco"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro dos Transportes, Anderson Adauto, afirmou que os produtores não precisam temer pelo escoamento da safra deste ano. "Não há que ter apreensão. Estamos há oito meses debruçados sobre esse problema, há oito meses trabalhando", disse.
Segundo o ministro, no ano passado foram investidos R$ 165 milhões para melhorar as rotas de escoamento de safra. Para este ano, estão previstos R$ 200 milhões, sendo que R$ 90 milhões serão liberados nos próximos dias e o restante, até 15 de fevereiro. A maior parte da colheita acontece entre março e maio.
Para Adauto, essa será a "primeira safra sem buraco".
O excesso de chuvas, no entanto, pode atrapalhar os planos do governo. "Há buraco agora porque está chovendo. Com chuva não dá para consertar as estradas", lamenta o ministro.
Segundo o coordenador-geral de Restauração e Manutenção do Dnit (Departamento Nacional de Infra-estrutura e Transportes), Hideraldo Caron, o orçamento do seu departamento, responsável em consertar estradas, será o maior dos últimos tempos -R$ 950 milhões. No ano passado, recebeu R$ 650 milhões.
A operação emergencial de recuperação das estradas pelas quais escoam a safra vai apenas minimizar os prejuízos, dizem os especialistas entrevistados pela Folha. Em Mato Grosso, as empreitadas para tapar buracos são conhecidas por "asfalto sonrisal": quando chove dissolve. Os remendos duram no máximo três meses ou até a volta das chuvas.
Os trechos que estão sendo recuperados foram escolhidos com base num relatório da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). A situação dos principais eixos de escoamento é grave, de acordo com o documento produzido em novembro.
"Obras paralisadas", "incidência de buracos", "sinalização precária", "pavimento totalmente desagregado e desconfortável" e, obviamente, "risco de acidentes" são os termos usados para descrever quase 700 quilômetros do trecho da BR-153 que atravessa Goiás de norte a sul.



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