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MERCADO TENSO
Ministro diz no "Fantástico", da TV Globo, que hoje não será feriado bancário
Palavra de honra de Malan nega confisco
da Redação
O ministro Pedro Malan (Fazenda) deu ontem a sua palavra de honra de
que o governo
não pretende
promover nenhum tipo de confisco em caderneta de poupança ou conta corrente dos brasileiros e descartou feriado bancário hoje.
A declaração foi feita na noite de
ontem em horário nobre no programa "Fantástico", da TV Globo,
quando os telespectadores fizeram
perguntas ao ministro sobre a crise
que o país atravessa.
"Eu gostaria de mais uma vez
reafirmar aqui com toda a clareza,
olhando no olho do telespectador,
que este governo não realizará
qualquer tipo de bloqueio, retenção, confisco de conta corrente, caderneta de poupança ou qualquer
outro tipo de aplicação financeira
do cidadão brasileiro", afirmou.
Em seguida, o apresentador do
"Fantástico" perguntou se Malan
dava sua palavra de honra: "Seguramente, a palavra de honra está
dada. A minha, em nome do governo Fernando Henrique Cardoso", disse.
O ministro respondeu uma pergunta sobre a possibilidade da volta da inflação: "Eu gostaria de dizer
ao telespectador que o descontrole
inflacionário que nós experimentamos antes do Plano Real não deve, não pode e não voltará."
Malan também falou sobre a alta
do dólar. De acordo com o ministro, o dólar vai baixar. "Eu não
posso dizer exatamente para
quanto, exatamente em quanto
tempo, mas o fato é que em todas
as experiências de flutuação, todas, sem exceção, nos primeiros
momentos há esses flagrantes,
exageros do tipo que observamos
no Brasil e depois as coisas vão se
acomodando".
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Pedro Parente,
disse ontem que o Banco Central
está atento à atuação das instituições financeiras na corrida aos
bancos registrada na sexta-feira da
semana passada.
"Não vai haver caça às bruxas,
mas a fiscalização do Banco Central vai agir com rigor", respondeu
Parente ao ser questionado se tinha conhecimento de que agências
bancárias teriam incentivado seus
clientes a cancelar aplicações.
A fiscalização sobre os bancos será intensificada porque o resgate
antecipado de uma aplicação financeira faz com que o cliente perca o rendimento da operação.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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