São Paulo, segunda, 1 de fevereiro de 1999

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MERCADO TENSO
Ministro diz no "Fantástico", da TV Globo, que hoje não será feriado bancário
Palavra de honra de Malan nega confisco

da Redação


O ministro Pedro Malan (Fazenda) deu ontem a sua palavra de honra de que o governo não pretende promover nenhum tipo de confisco em caderneta de poupança ou conta corrente dos brasileiros e descartou feriado bancário hoje.
A declaração foi feita na noite de ontem em horário nobre no programa "Fantástico", da TV Globo, quando os telespectadores fizeram perguntas ao ministro sobre a crise que o país atravessa.
"Eu gostaria de mais uma vez reafirmar aqui com toda a clareza, olhando no olho do telespectador, que este governo não realizará qualquer tipo de bloqueio, retenção, confisco de conta corrente, caderneta de poupança ou qualquer outro tipo de aplicação financeira do cidadão brasileiro", afirmou.
Em seguida, o apresentador do "Fantástico" perguntou se Malan dava sua palavra de honra: "Seguramente, a palavra de honra está dada. A minha, em nome do governo Fernando Henrique Cardoso", disse.
O ministro respondeu uma pergunta sobre a possibilidade da volta da inflação: "Eu gostaria de dizer ao telespectador que o descontrole inflacionário que nós experimentamos antes do Plano Real não deve, não pode e não voltará."
Malan também falou sobre a alta do dólar. De acordo com o ministro, o dólar vai baixar. "Eu não posso dizer exatamente para quanto, exatamente em quanto tempo, mas o fato é que em todas as experiências de flutuação, todas, sem exceção, nos primeiros momentos há esses flagrantes, exageros do tipo que observamos no Brasil e depois as coisas vão se acomodando".
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Pedro Parente, disse ontem que o Banco Central está atento à atuação das instituições financeiras na corrida aos bancos registrada na sexta-feira da semana passada.
"Não vai haver caça às bruxas, mas a fiscalização do Banco Central vai agir com rigor", respondeu Parente ao ser questionado se tinha conhecimento de que agências bancárias teriam incentivado seus clientes a cancelar aplicações.
A fiscalização sobre os bancos será intensificada porque o resgate antecipado de uma aplicação financeira faz com que o cliente perca o rendimento da operação.


Colaborou a Sucursal de Brasília




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