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Brasil vai liderar emissões na AL, afirma agência
SÉRGIO RIPARDO
DA FOLHA ONLINE
O Brasil vai captar mais de
US$ 107 bilhões em 2005 e dever se tornar o maior emissor
de títulos de dívida pública e
privada de longo prazo da
América Latina e Caribe, segundo a agência de classificação de risco Standard & Poor's.
Na comparação com o número de 2004 (US$ 124 bilhões), os empréstimos para a
região devem crescer mais de
60%, superando US$ 200 bilhões. Esse valor equivale a cerca de 25% da captação prevista
para os Estados Unidos e menos de 5% do total mundial.
Nessa estimativa, a S&P incluiu emissões de novos títulos
soberanos pela Argentina
-que podem ocorrer após a
renegociação de sua dívida
com os credores. No fim de
2005, o Brasil deve responder
por cerca de 49% do estoque
total da dívida da região.
A S&P menciona que o perfil
da dívida interna brasileira melhorou "muito" nos últimos
anos. "A parcela dos títulos indexados ao dólar caiu para
9,95% da dívida interna ao final
de 2004, em comparação com
22% no ano anterior."
Para a agência, a menor parcela corrigida pela moeda americana "ajudou a reduzir a exposição da dívida e dos saldos
fiscais a flutuações da taxa de
câmbio, assim consolidando a
qualidade do crédito do país".
Segundo a S&P, a Argentina,
que continua inadimplente em
cerca de US$ 102 bilhões em dívidas (incluindo juros de mora), poderá emitir novos títulos
de longo prazo neste ano. Se a
atual negociação para troca de
dívidas com os credores for
bem-sucedida, o governo argentino poderá emitir entre
US$ 38,5 bilhões e US$ 41,8 bilhões, segundo a S&P.
Os fundamentos da economia brasileira também foram
elogiados pela agência de risco
Fitch. Em nota divulgada ontem, a agência deu nota de crédito "BB-" com perspectiva estável para os títulos do governo
brasileiro com vencimento em
dez anos. "A dívida pública declinante mostra o compromisso com sólidas políticas macroeconômicas", diz a Fitch.
Colaborou a Reportagem Local
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