São Paulo, quarta-feira, 01 de maio de 2002

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América Latina cresce pouco sem escola, diz Taylor

DE WASHINGTON

Considerando os baixos índices de produtividade na América Latina, os países da região terão de crescer num ritmo equivalente ao triplo do que o dos Estados Unidos se quiserem encurtar o abismo existente entre seus indicadores sociais e os do Primeiro Mundo.
A receita foi dada ontem pelo subsecretário para assuntos internacionais da Secretaria do Tesouro norte-americana, John Taylor, durante um seminário no Banco Mundial sobre políticas para o desenvolvimento econômico.
Taylor disse que a chave para reduzir a pobreza nos países em desenvolvimento é aumentar a produtividade de suas economias por meio de uma melhoria na educação básica e de políticas para reduzir a corrupção e os entraves comerciais.
Taylor mencionou uma estatística segundo a qual o crescimento dos índices de produtividade na América Latina cresceram apenas 0,7% por ano em média entre 1991 e 1999, período no qual a produtividade cresceu em média 2,1% nos EUA e 5,5% no Leste asiático.
Um professor universitário perguntou a Taylor por que o governo norte-americano, ao mencionar o setor educacional na América Latina, não estende sua ênfase à melhoria dos estudos secundário e superior. O subsecretário justificou seu discurso dizendo que a educação primária é a que mais tem vínculo com o aumento dos índices de produtividade.
"Falamos muito em educação primária porque, com ela, as pessoas podem ler manuais e se comunicar. Daí por diante, as próprias pessoas podem se desenvolver", explicou o subsecretário.
(MARCIO AITH)


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