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América Latina cresce pouco sem escola, diz Taylor
DE WASHINGTON
Considerando os baixos índices de produtividade na
América Latina, os países da região terão de crescer num ritmo equivalente ao triplo do que o dos Estados Unidos se
quiserem encurtar o abismo
existente entre seus indicadores sociais e os do Primeiro
Mundo.
A receita foi dada ontem pelo
subsecretário para assuntos internacionais da Secretaria do
Tesouro norte-americana,
John Taylor, durante um seminário no Banco Mundial sobre
políticas para o desenvolvimento econômico.
Taylor disse que a chave para
reduzir a pobreza nos países
em desenvolvimento é aumentar a produtividade de suas
economias por meio de uma
melhoria na educação básica e
de políticas para reduzir a corrupção e os entraves comerciais.
Taylor mencionou uma estatística segundo a qual o crescimento dos índices de produtividade na América Latina cresceram apenas 0,7% por ano em
média entre 1991 e 1999, período no qual a produtividade
cresceu em média 2,1% nos
EUA e 5,5% no Leste asiático.
Um professor universitário
perguntou a Taylor por que o
governo norte-americano, ao
mencionar o setor educacional
na América Latina, não estende
sua ênfase à melhoria dos estudos secundário e superior. O
subsecretário justificou seu discurso dizendo que a educação
primária é a que mais tem vínculo com o aumento dos índices de produtividade.
"Falamos muito em educação primária porque, com ela,
as pessoas podem ler manuais
e se comunicar. Daí por diante,
as próprias pessoas podem se
desenvolver", explicou o subsecretário.
(MARCIO AITH)
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