São Paulo, quarta-feira, 01 de maio de 2002

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Comércio já fecha as portas e demite 280 mil

JOÃO SANDRINI
DE BUENOS AIRES

A crise econômica tem provocado efeitos catastróficos no comércio argentino. Segundo a Fedecámaras (Federação de Câmara e Centros Comerciais), cerca de 102,5 mil lojas fecharam suas portas nos primeiros quatro meses deste ano, o que levou à demissão de 280 mil empregados.
O número de falências no primeiro quadrimestre já é praticamente igual ao total de quebras registrado em todo o biênio 2000-2001 (105 mil lojas).
Segundo o presidente da Fedecámaras, Rubén Manusovich, o resultado negativo foi influenciado pela inflação gerada a partir da desvalorização cambial. O governo estima que a alta dos preços acumulada neste ano está pouco acima dos 20%.
Além disso, os quase quatro anos de recessão econômica e o congelamento dos depósitos bancários pelo curralzinho levaram também à redução do poder de compra da população.
Cerca de 1,5 milhão de pessoas caíram abaixo da linha de pobreza entre outubro de 2001 e março deste ano, segundo estimativa do Indec. Há 14,7 milhões de pobres no país, o que corresponde a 39,7% da população.



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