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AQUECIMENTO
Projeções para PIB do 2º tri oscilam entre 0,9% e 1,7%
Produção industrial e setor externo devem conter crescimento de abril a junho
Aumento da renda real, da confiança do consumidor,
do consumo das famílias
e dos investimentos
manterá economia em alta
SANDRA BALBI
DA REPORTAGEM LOCAL
O PIB (Produto Interno Bruto) deve continuar crescendo
no segundo trimestre do ano,
mas a uma taxa menor que a do
primeiro, de 1,4%. Analistas de
consultorias econômicas e do
setor financeiro projetam uma
expansão entre 0,9% e 1,7% no
segundo trimestre na comparação com o primeiro.
As projeções são feitas com
base em indicadores antecedentes da produção industrial
de abril e de indicadores macroeconômicos para o médio
prazo, como comportamento
da taxa de juros, da renda, do
consumo das famílias, dos investimentos produtivos e da
confiança do consumidor.
A LCA Consultores projeta
uma expansão de 1,4% do PIB
no segundo trimestre. O que vai
ajudar a impulsionar o crescimento é o consumo das famílias -devido ao aumento do salário mínimo e do reajuste dos
servidores- e o investimento.
"Com a queda dos juros e o aumento da confiança dos empresários, o investimento vai continuar crescendo", diz Bráulio
Borges, economista da LCA.
O que deverá atuar no sentido oposto, evitando um crescimento mais forte, é o aumento
das importações a um ritmo
maior que o das exportações.
Neste ano, a LCA prevê um
crescimento de 3,8% do PIB,
puxado pelo setor interno.
Para a consultoria Tendências, a economia deverá crescer
1% no segundo trimestre. O dado virá menor que no primeiro
trimestre porque os indicadores antecedentes da indústria
(leia quadro) mostram que a
produção industrial de abril deve ter ficado estável em relação
a março e caído 1,8% na comparação com abril do ano passado.
Outros indicadores, contudo,
atuarão a favor da expansão. "A
confiança do consumidor voltou a crescer depois da crise política e o rendimento médio
real aumentou com a inflação
controlada", diz Guilherme
Maia, economista da Tendências. O ICC (Índice de Confiança do Consumidor), da Federação do Comércio do Estado de
São Paulo, cresceu 30% no ano.
E o rendimento médio real teve
alta de 3% de janeiro a abril, em
relação a igual período de 2005.
A RC Consultores é a mais
otimista com relação ao segundo trimestre. Ela projeta uma
expansão de 1,7%, com forte desaceleração no terceiro trimestre, quando o PIB cresceria
0,4%. "A partir de julho a economia vai estar rodando sobre
uma base muito alta", diz Fábio
Silveira, diretor da consultoria.
Já a administradora de recursos Mellon tem a menor
projeção para o PIB do segundo
trimestre -de 0,9%. Solange
Srour, economista da Mellon
diz que essa projeção deve-se à
expectativa de que a produção
industrial tenha crescimento
zero em abril em relação a março e caia 1,5% em relação a abril
do ano passado.
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