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São Paulo, terça-feira, 01 de julho de 2003

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Principal indicador da Bolsa lidera investimentos; poupança perde da inflação

Bovespa ganha 15,1% no semestre

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O grande destaque do mercado financeiro no primeiro semestre do ano foi a Bolsa de Valores de São Paulo, mesmo com as perdas de 3,35% registradas em junho.
O investidor que aplicou em uma carteira teórica similar ao Ibovespa -índice que acompanha a variação dos preços das 54 ações de maior liquidez- conseguiu obter rendimento de 15,12% na primeira metade do ano. Com isso, a Bovespa já recuperou quase toda a perda de 17% que acumulou em 2002.
Foi o melhor primeiro semestre da Bolsa desde 99.
Já quem continuou acreditando no dólar, empolgado com a alta de 53% que a moeda teve no ano passado, se decepcionou. A moeda dos EUA perdeu 19,77% de seu valor diante do real no primeiro semestre -somente em junho, o dólar caiu 4,18%.
Após fechar abaixo dos 13 mil pontos ontem, a Bovespa deve voltar a atrair compradores e iniciar uma recuperação, avaliam analistas do mercado financeiro.
A inflação, que vinha corroendo o ganho real dos investidores desde o segundo semestre do ano passado, deu uma trégua em junho. O IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), medido pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), registrou deflação de 1% no mês passado. No ano, a alta do índice é de 5,90%.
As aplicações que acompanham as oscilações das taxas de juros foram as mais rentáveis em junho.
Mesmo com a redução da taxa básica da economia para 26% ao ano, decidida pelo Copom (Comitê de Política Monetária), as quedas da Bovespa e do dólar deram a aplicações como o CDB e os fundos DI os melhores retornos no mês.
Para quem não quis arriscar muito e optou pela renda fixa, o ganho médio dos fundos DI -que tem como parâmetro as taxas dos negócios entre bancos- em junho ficou em 1,85%. O CDB (Certificado de Depósito Bancário) pagou para o grande investidor taxa média de 1,95% no mês passado, acumulando retorno de 12,16% no ano.
Os investidores mais conservadores que preferem acreditar na caderneta de poupança ainda não conseguiram obter ganho real (descontado a inflação) no ano. No semestre, o retorno acumulado da poupança ficou em 5,72%.
Além do dólar, o ouro é outra grande decepção do ano. No primeiro semestre, o metal registrou baixa na BM&F de 16,7%.


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