|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
RANKING
Principal indicador da Bolsa lidera investimentos; poupança perde da inflação
Bovespa ganha 15,1% no semestre
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O grande destaque do mercado
financeiro no primeiro semestre
do ano foi a Bolsa de Valores de
São Paulo, mesmo com as perdas
de 3,35% registradas em junho.
O investidor que aplicou em
uma carteira teórica similar ao
Ibovespa -índice que acompanha a variação dos preços das 54
ações de maior liquidez- conseguiu obter rendimento de 15,12%
na primeira metade do ano. Com
isso, a Bovespa já recuperou quase toda a perda de 17% que acumulou em 2002.
Foi o melhor primeiro semestre
da Bolsa desde 99.
Já quem continuou acreditando
no dólar, empolgado com a alta
de 53% que a moeda teve no ano
passado, se decepcionou. A moeda dos EUA perdeu 19,77% de seu
valor diante do real no primeiro
semestre -somente em junho, o
dólar caiu 4,18%.
Após fechar abaixo dos 13 mil
pontos ontem, a Bovespa deve
voltar a atrair compradores e iniciar uma recuperação, avaliam
analistas do mercado financeiro.
A inflação, que vinha corroendo
o ganho real dos investidores desde o segundo semestre do ano
passado, deu uma trégua em junho. O IGP-M (Índice Geral de
Preços do Mercado), medido pela
FGV (Fundação Getúlio Vargas),
registrou deflação de 1% no mês
passado. No ano, a alta do índice é
de 5,90%.
As aplicações que acompanham
as oscilações das taxas de juros foram as mais rentáveis em junho.
Mesmo com a redução da taxa
básica da economia para 26% ao
ano, decidida pelo Copom (Comitê de Política Monetária), as
quedas da Bovespa e do dólar deram a aplicações como o CDB e os
fundos DI os melhores retornos
no mês.
Para quem não quis arriscar
muito e optou pela renda fixa, o
ganho médio dos fundos DI
-que tem como parâmetro as taxas dos negócios entre bancos-
em junho ficou em 1,85%. O CDB
(Certificado de Depósito Bancário) pagou para o grande investidor taxa média de 1,95% no mês
passado, acumulando retorno de
12,16% no ano.
Os investidores mais conservadores que preferem acreditar na
caderneta de poupança ainda não
conseguiram obter ganho real
(descontado a inflação) no ano.
No semestre, o retorno acumulado da poupança ficou em 5,72%.
Além do dólar, o ouro é outra
grande decepção do ano. No primeiro semestre, o metal registrou
baixa na BM&F de 16,7%.
Texto Anterior: Opinião econômica: Palco da crise Próximo Texto: Bolsa de NY registra melhor trimestre desde 98 Índice
|