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São Paulo, terça-feira, 01 de julho de 2003

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Bolsa de NY registra melhor trimestre desde 98

DA REDAÇÃO

A Bolsa de Nova York fechou o seu melhor trimestre desde 1998, apesar do fraco desempenho de ontem. Os expressivos ganhos foram motivados pela perspectiva de que os juros ainda ficarão baixos nos Estados Unidos por algum tempo e também pelas expectativas de um crescimento mais acelerado a partir do semestre que se inicia hoje.
O índice Standard & Poor's 500, que acompanha a evolução dos preços das 500 principais ações das empresas norte-americanas, teve uma valorização de 14,9% nos últimos três meses. O ganho trimestral foi o oitavo maior computado desde a Segunda Guerra Mundial.
O Dow Jones, índice das 30 principais empresas do país, registrou alta de 12,4% no período.
"Certamente foi um trimestre em que houve uma mudança substancial na psicologia do mercado", afirmou Peter Cardillo, presidente da corretora Global Partner Securities. De acordo com o estrategista, as cotações dos papéis passaram a incluir ("precificar", como diz o mercado) a possibilidade de uma aceleração na atividade, o que se refletiria em mais dividendos.
A recuperação das ações de empresas tecnológicas, principalmente de informática e telecomunicações, foi ainda mais intensa. O índice Nasdaq fechou o trimestre com uma valorização de 21%, o seu melhor desempenho desde os últimos três meses de 2001.
Durante o primeiro trimestre, vários fatores contribuíram para a desvalorização do mercado de ações, entre eles a própria estagnação econômica. Havia ainda as incertezas que envolviam o ataque militar ao Iraque, que afastaram os investidores das aplicações de risco.
Com a rápida vitória das forças anglo-americanas, os investidores voltaram a procurar o risco, atrás de aplicações mais lucrativas. Os papéis dos emergentes, que pagam juros bem mais elevados do que os países desenvolvidos, também saíram ganhando, e os títulos brasileiros bateram recorde de valorização.
Mas os analistas consideram que, depois do salto do último trimestre, está na hora de uma pausa. O crescimento norte-americano ainda não se materializou, e os papéis dos emergentes já estariam muito caros se se levarem em conta os fundamentos econômicos desses países.
No pregão de ontem, o Dow Jones encerrou praticamente estável, com recuo de 0,04%. A Nasdaq caiu 0,15%.

Europa em alta
Nas Bolsas européias, o trimestre também foi de retomada. O índice FTSE 300, com as 300 principais companhias do continente, subiu 11%, a maior valorização desde os últimos três meses de 99.
Mas os papéis encerraram em ligeira baixa ontem. As ações foram atingidas pela divulgação de indicadores que lançaram dúvidas sobre a retomada econômica.


Com agências internacionais


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