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Divulgação de taxa é a primeira desde queda de diretor-executivo do Seade
DA REPORTAGEM LOCAL
A pesquisa com o índice de desemprego total de 20,6%, verificado em maio na Grande São Paulo,
foi a primeira a ser divulgada pela
Fundação Seade e pelo Dieese
após a saída de José Eli da Veiga,
diretor-executivo da fundação.
Até ontem à noite, não havia definição de quem ocuparia seu cargo na entidade. A fundação está
subordinada à Secretaria da Economia e do Planejamento do Estado de São Paulo e calcula desde
85, em parceria com o Dieese, o
desemprego na região metropolitana de São Paulo.
O secretário Andrea Calabi
(Planejamento) se reuniu ontem
com o conselho curador da fundação para decidir quem seria o
novo diretor da instituição.
Eli da Veiga se demitiu na última quarta-feira depois de travar
uma disputa pública com a direção do Dieese durante três semanas. Ele discordava da forma como os índices de desemprego vinham sendo divulgados pelas
duas instituições -somando as
taxas de desemprego aberta
(quem procura emprego e está
sem trabalho), oculto pelo trabalho precário (quem faz bico e procura emprego) e oculto pelo desalento (desistiu temporariamente
de procurar emprego, mas saiu
em busca nos últimos 12 meses).
A saída de Eli da Veiga ocorreu
após o governador Geraldo Alckmin ter declarado às centrais sindicais apoio ao convênio com o
Dieese. Na ocasião, ele disse que
não haveria "rompimento" com a
metodologia da pesquisa.
Em clima de cautela, os técnicos
das duas instituições divulgaram
ontem as três taxas de desemprego, além do índice total. "Assim
que o nome do novo diretor for
definido, vamos retomar a discussão metodológica até porque nosso objetivo é sempre aprimorar a
pesquisa e esclarecer as pessoas",
diz Paula Montagner, da Fundação Seade.
(CR)
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