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Fazenda diz que PIS não é prioridade
em Brasília
O procurador-geral adjunto da Fazenda Nacional, Ditimar Sousa Brito, diz que o
governo tem se empenhado
para tentar suspender as liminares. "Nós vivemos um
contexto em que a Justiça está sobrecarregada de processos", afirma.
Brito admite, no entanto,
que a suspensão da cobrança de PIS e Cofins não é a
prioridade da procuradoria,
que tem se ocupado mais
com as liminares que suspendem o pagamento de
CPMF.
Para conseguir suspender
as liminares, a procuradoria
teria de entrar com pedidos
nos cinco Tribunais Regionais da Fazenda do país, argumentando que elas causam prejuízo aos cofres públicos.
A vantagem dessa medida
é que ela poderia suspender
os três tipos de liminar de
uma só vez.
Outra iniciativa possível
seria ingressar com uma
ação direta de constitucionalidade contra as decisões,
mas, segundo o procurador,
isso por enquanto não está
sendo cogitado pelo governo brasileiro.
"Uma ação como essa precisa ser autorizada pelo presidente da República", diz
Souza Brito.
"Antes disso, seria preciso
avaliar com detalhes se a
medida é cabível nesse caso,
e nós ainda não fizemos isso", afirma ele.
Segundo ele, há hoje cerca
de 800 mil ações de execução
fiscal de empresas movidas
pelo governo, e outras 600
mil ações são movidas por
empresas contra a União.
"E nós só temos 240 procuradores para cuidar de tudo isso", afirma Ditimar
Souza Brito.
A Folha procurou também a ANP (Agência Nacional de Petróleo) para comentar o assunto.
A ANP tem a função de regular as relações de mercado
no setor.
O presidente da agência,
David Zylbersztajn, disse
por intermédio de sua assessoria que não comentaria o
assunto.
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