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Sugestões têm mais uma semana
da Reportagem Local
As empresas e as entidades que
analisam as propostas de reestruturação e regulamentação do setor de combustíveis feitas pela
consultoria Arthur D'Little têm
até o final desta semana para
apresentar suas sugestões à ANP
(Agência Nacional do Petróleo).
Julio Colombi Netto, diretor
responsável pela área de abastecimento da agência, diz que já recebeu comentários de segmentos
que trabalham com gasolina, diesel e álcool. Faltam as avaliações
do segmento de GLP (gás liquefeito de petróleo, o gás de cozinha).
Ele espera discutir todos os
pontos com o setor até setembro.
"Só depois disso é que será elaborado o cronograma de implantação", diz.
Na sua avaliação, para o modelo
proposto funcionar a questão tributária precisa estar equacionada. Ele espera que seja aprovado o
imposto único e que as liminares
obtidas por postos e distribuidoras para não recolher PIS e Cofins
já estejam cassadas, de modo a
não distorcer os preços no mercado, como ocorre hoje.
O modelo prevê preços livres,
baseados nas leis de mercado,
com um período de transição. Na
área de refino, os preços permaneceriam tabelados até agosto de
2000, quando passariam para um
regime de liberdade vigiada até
haver condições de liberá-los totalmente.
Na revenda, haveria liberação
gradativa combinada com a eliminação do ressarcimento de fretes até agosto de 2000, quando os
preços seriam liberados.
Até o final deste ano, o estudo
prevê a implantação de identificação obrigatória da origem do produto nos postos, início do período
de autorização de empresas que
querem participar da infra-estrutura e da importação, além de elaboração do plano anual de inspeção de mercado.
A definição de preços máximos
nas refinarias e a implantação de
um novo modelo fiscal ficam para
o primeiro semestre de 2000.
As divergências já manifestadas
por revendas e distribuidoras estão sendo encaradas pela ANP como parte saudável do processo.
"Toda essa discussão é válida.
Nós estamos no meio de um trabalho, e cada área tem as suas preferências. Daí vai sair uma proposta comum para redefinir o setor", diz Colombi Netto.
(FF e LR)
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