São Paulo, quarta-feira, 01 de setembro de 2004

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Construção deve crescer como o país, diz Secovi

CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Após anos em recessão, a construção civil deve retomar o fôlego em 2004 e acompanhar o ritmo de crescimento do país. A previsão foi feita por empresários do setor, após o IBGE divulgar ontem que a economia cresceu 4,2% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2003. No primeiro semestre, o setor teve expansão de 2%.
"É preciso lembrar que, em 2003, tivemos o pior resultado dos últimos dez anos. Nosso PIB foi de -8,6%", diz Romeu Chap Chap, presidente do Secovi-SP, sindicato da habitação.
Na comparação do segundo trimestre deste ano sobre igual período de 2003, o aumento foi maior -6,7%.
"A reação já observada no comércio, na indústria e no setor de serviços começa a chegar na construção civil, que é, de fato, um dos últimos a reagir", disse Romeu Chap Chap.
Ele ressaltou que as vendas de imóveis novos no Estado de São Paulo, por exemplo, aumentaram 29% no primeiro semestre deste ano sobre 2003.
Para a indústria da construção civil, a recuperação é "inegável", mas ainda insuficiente para repor as consecutivas perdas registradas no setor, que chegam a 12,6% no acumulado dos últimos três anos.
"Quando a economia cresce e há investimentos, o setor reage. Mas a recuperação do setor ainda depende de uma política habitacional definida, coerente e com linhas de financiamento para todas as classes sociais", diz Eduardo Zaidan, vice-presidente do Sinduscon-SP (Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Estado de São Paulo).
Para o Sinduscon-SP, o resultado do PIB do setor deve ter sido impulsionado pelo segmento informal -pequenas reformas e construções de menor porte.


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