DA REPORTAGEM LOCAL

A comissão eleitoral do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) confirmou na noite de anteontem Claudio Vaz, da Chapa 2, como presidente eleito da entidade.
Apesar de a eleição ter ocorrido na semana passada, o resultado ainda não havia sido anunciado oficialmente, pois a comissão eleitoral leva alguns dias para verificar os documentos relativos ao pleito -4.084 empresas votaram, o maior número da história.
A Chapa 2 teve 2.235 votos, e a Chapa 1, 1.816 votos. Foram contabilizados ainda 9 votos em branco e 20 nulos. Foram impugnados quatro votos.
Vaz não se pronunciou a respeito do resultado.
A comissão eleitoral ainda negou o pedido da Chapa 1, de Paulo Skaf, para que fosse feito pente-fino nos votos do Ciesp: a solicitação foi que não apenas as atas fossem verificadas mas também todas as credenciais apresentadas pelas empresas votantes.
Em documento encaminhado a Skaf, presidente eleito da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), a comissão afirma que "o exame solicitado de todas as credenciais não está previsto em nenhuma regra do processo eleitoral".
O texto diz ainda que "não cabe à comissão, findo o processo, criar regras novas, até porque a proposta de regra sobre a exigência de comprovação das credenciais já tinha sido rejeitada, valendo, ao contrário, a regra da confiança e da boa-fé".
Skaf se recusou ontem a comentar o resultado do Ciesp. "Estou totalmente concentrado no assunto da Fiesp."
Segundo ele, o pedido de verificação de todas as credenciais é "natural". "Ninguém acusou ninguém de nada, foi pedida apenas uma verificação. Isso não foi atendido, e surpreendentemente houve essa reunião noturna", disse, ao se referir à reunião da comissão eleitoral anteontem.
Ontem à noite, Skaf se reuniu com o atual presidente da Fiesp, Horacio Lafer Piva, e disse que a transição foi iniciada. "Essa transição começa com uma conversa para afinarmos, uma conversa superamigável no sentido de conduzir as questões da forma mais natural e eficiente possível." Skaf deve assumir a entidade no dia 27.
Com o racha na liderança da indústria, permanece o receio de ameaça à unidade estrutural e institucional de Fiesp e Ciesp. As entidades nunca foram comandadas por presidentes diferentes.


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