MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

Horas antes de embarcar para os EUA para participar, em Washington, da reunião anual do FMI (Fundo Monetário Internacional), o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, confirmou que o governo brasileiro estuda não renovar o acordo para tomar novo empréstimo com o fundo em 2005.
"O Brasil cogita não renovar o acordo, mas ainda é uma decisão a ser tomada em março [do próximo ano]", afirmou Meirelles.
Antes de participar de uma palestra no 15º Congresso Nacional de Executivos Financeiros, no início da tarde, em Curitiba, Meirelles disse que a renovação do acordo não está condicionada à aceitação, pelos gestores do Fundo, da proposta brasileira de haver "acordos preventivos" -criação de linhas de crédito especiais de socorro a países emergentes em início de crise.
"[A aceitação da proposta] não é condição para o Brasil sair do acordo com o Fundo", afirmou Meirelles. Ele definiu a tese, a ser apresentada pelo ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda), como "uma espécie de linha de seguro que asseguraria aos países com posição macroeconômica em ordem, mas que enfrentam uma crise inesperada de liquidez internacional, uma assistência automática do Fundo".


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