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TRANSE
Moeda dos EUA recua para R$ 3,63, a menor cotação desde 4 de outubro
Dólar e risco-país caem pelo segundo dia seguido
DA REPORTAGEM LOCAL
O dólar voltou a cair ontem e
encerrou o dia valendo R$ 3,63,
em baixa de 2,42%. A cotação
atual da moeda norte-americana
é a menor desde 4 de outubro,
quando fechou a R$ 3,62.
A moeda encerrou o mês com
baixa de 3,5%, após a forte valorização de 24,9% em setembro.
O risco-país, calculado pelo
banco JP Morgan, teve, assim como o dólar, seu segundo dia consecutivo de queda. A baixa foi de
2,6%, para 1.737 pontos. O risco
Brasil fechou outubro com desvalorização de 27,5%.
Operadores encontraram dificuldades em apontar possíveis explicações para a melhora no ânimo dos investidores em relação
ao Brasil.
Na ausência de notícias, citam
as boas declarações e sinalizações
vindas, até agora, do novo governo petista. O partido já não é mais
assustador aos olhos dos investidores. O discurso adotado por
seus integrantes atende às expectativas do mercado.
Não há nenhuma sinalização de
radicalismo, o que teria gerado
preocupações que levaram o dólar a ficar a um centavo dos R$ 4 e
o risco Brasil a superar os 2.400
pontos.
O fato de os dois governos estarem discutindo os procedimentos
nesse período de transição com
cooperação também propicia
maior tranquilidade, afirmam
analistas.
Segundo Wilson Ramião, do
Lloyds TSB, ainda há espaço para
que o dólar caia mais.
Ele avalia que, no momento, definida a eleição, o mercado está
corrigindo os preços, após os exageros de alta com as primeiras
perspectivas para uma administração Lula.
O principal sinal de um entendimento entre o mercado e o PT foi
a conclusão anteontem, de rolagem integral de cerca de US$ 2 bilhões em "swap" cambial.
O lote foi renovado em sua totalidade, o que não ocorria há seis
meses. O Banco Central tinha dificuldades em rolar sua dívida cambial por conta da imprevisibilidade eleitoral e da aversão mundial
ao risco, detonada pelas fraudes
financeiras de empresas norte-americanas.
O BC não conseguia rolar nem
20% de seus vencimentos, devido
à falta de demanda e às altas taxas
pedidas pelo mercado.
Nesta semana, conseguiu renovar os contratos de "swap" cambial já em sua primeira tentativa
-rolou 48% na terça-feira e o
restante anteontem.
O BC também vendeu, ontem,
US$ 200 milhões em leilões de linha externa.
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