|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TRABALHO
Metalúrgico tem data-base
Força deve parar hoje 120 mil e ir até a Fiesp
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
A Força Sindical promete parar
hoje 120 mil metalúrgicos de São
Paulo para pressionar os empresários a concederem reajustes salariais acima da inflação. A greve
deve durar 24 horas e atingir cerca
de 200 fábricas da capital.
Com o apoio de 1.200 sindicalistas, a central vai fazer uma passeata na av. Paulista a partir das 10h.
Cerca de 200 ônibus devem levar
mais de 5.000 ao protesto. Os trabalhadores vão se concentrar na
estação de metrô Paraíso e seguirão até o prédio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de
São Paulo) -ocupando as duas
faixas da direita-, onde devem
fazer protesto por salário maior.
As propostas oferecidas pelos
grupos patronais durante a campanha salarial deste ano prevêem
reajustes que não passam de 8%,
enquanto a inflação acumulada
nos últimos 12 meses chega a
9,6%, de acordo com o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Além do reajuste, os
trabalhadores também reivindicam redução da jornada, aumento no piso da categoria e participação nos lucros e resultados.
Para a greve, foram gastos R$
150 mil entre cartazes e folhetos e
aluguel de ônibus, segundo informou Paulo Pereira da Silva, o
Paulinho, presidente do Sindicato
dos Metalúrgicos de São Paulo e
da Força Sindical.
Paulinho (PTB), candidato a vice-presidente na chapa de Ciro
Gomes (PPS), descarta que o protesto tenha cunho político. "É
uma greve salarial. Não estamos
contra o novo governo. Mas, se
ele não cumprir o que prometeu,
o trabalhador não ficará quieto."
Para o secretário-geral do sindicato, Eleno José Bezerra, o que
mais dificultou as negociações
deste ano foi a CUT ter feito acordo com as montadoras em 2000
com reajuste de 100% de inflação
por dois anos e aumento real condicionado a metas de produção.
"Foi um erro de avaliação. Se o
grupo mais poderoso só repõe a
inflação, os outros setores patronais vão alegar que não podem
nem repor inflação."
"Prevíamos crescimento de 2%
do PIB", rebateu o presidente da
Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, Adi dos Santos Lima. "As metas de produção em
2001 seriam repetidas em 2002,
garantindo 2% de aumento real.
Se as propostas que eles [metalúrgicos da Força] receberam não repõem a inflação, devem mesmo
se mobilizar", disse.
Os metalúrgicos da CUT prosseguem as negociações com empresários na próxima semana e
não definiram greve na categoria,
que tem 250 mil trabalhadores.
Emprego no comércio
O nível de emprego no comércio varejista da Grande SP cresceu
0,46% em setembro em relação a
agosto e 4,02% na comparação
com o mesmo mês de 2001, divulgou a Fecomercio-SP (Federação
do Comércio do Estado de São
Paulo). Lojas de departamento e
de utilidades domésticas foram as
que mais contrataram.
Colaborou a Folha Online
Texto Anterior: Sadia diz que medida radical receberá outra igual Próximo Texto: Teles: Anatel admite mudar metas de qualidade para a telefonia fixa Índice
|