DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A valorização do real e o ajuste fiscal promovido pelo governo ajudaram a reduzir o tamanho da dívida pública. A queda da inflação e o baixo crescimento econômico, por outro lado, ameaçam o controle do endividamento.
Em setembro, a dívida do setor público (União, Estados, municípios e estatais) somava R$ 891,093 bilhões, valor R$ 242 milhões menor do que o registrado em agosto. Quando comparado com o PIB dos últimos 12 meses, porém, o recuo foi maior: a proporção caiu de 58,3% em agosto para 57,7% no mês passado.
Na verdade, apesar da queda, a relação entre dívida e PIB continua no mesmo patamar que já havia sido anunciado pelo BC no mês passado. Isso se explica pela revisão nos números do PIB.
No Brasil, o cálculo do PIB é feito, a cada três meses, pelo IBGE. Para divulgar suas estatísticas mensais, o BC estima o valor do PIB, ajustando-o sempre que o IBGE divulga seus dados.
Neste mês, o IBGE divulgou o valor do PIB do primeiro semestre -ficou abaixo do que o BC estimava. Assim, descobriu-se que, em agosto, a relação dívida/ PIB estava subestimada. A proporção, foi revista de 57,7% para 58,3%.
O PIB menor do que o esperado reflete também a queda da inflação. Quando a inflação sobe, o valor do PIB, em reais, também aumenta, mesmo que não haja crescimento real.


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