São Paulo, sexta-feira, 01 de dezembro de 2006

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Vaivém das commodities

mzafalon@folhasp.com.br

MUDANÇA DE CENÁRIO
O fundo do poço atingido pelos sojicultores pode ter ficado para trás. Motivados pela perspectiva de bons preços e custos menores, os agricultores retomam as negociações de insumos e de máquinas.

NEGÓCIOS REAPARECEM
Em Rondonópolis (MT), um dos principais pólos sojicultores do Brasil, o movimento de comercialização de máquinas agrícolas está 20% acima do do mesmo período de 2005. "Na safra passada, ninguém entrava na loja para negociar nesta época. Neste ano, há uma movimentação animadora", diz Darci Ciarini, diretor da Agrofito, revendedora da Case IH.

CONCENTRAÇÃO
Uma das explicações para esse início de retomada será a concentração da colheita entre o fim de janeiro e primeira quinzena de março. Ciarini explica que, "como tivemos muitos problemas com doenças, em especial a ferrugem, os produtores anteciparam o plantio e preferiram variedades com ciclo precoce ou médio".

RENDA MAIOR
Além de reduzir o risco de doenças e diminuir o custo com defensivos, a antecipação permite o plantio da safrinha logo após a colheita. O diretor da Agrofito estima que, com isso, o produtor terá recomposição da receita, que pode chegar, mantida as condições atuais, a até 80% da rentabilidade de boas safras, como a de 2003/4.

EXCEÇÃO
A Índia deve colocar um pouco de água fria nos preços internacionais do trigo, que atingiram os maiores valores em dez anos. A produção indiana salta de 69 milhões de toneladas na safra anterior para 80 milhões na atual, segundo a Bloomberg.

CUSTEIO DE SAFRA
O CMN aprovou proposta da Agricultura e libera até R$ 350 milhões do Funcafé para financiamento de custeio da safra 2006/7. Serão R$ 1.440 por hectare, com valor máximo de R$ 200 mil por produtor.

MERCADO AQUECIDO
O mercado futuro de café arábica da BM&F bateu recorde nesta semana, negociando 8.901 contratos na terça-feira.

RECORDE NA CANA
A safra de cana deve atingir 476 milhões de toneladas, diz a Conab. Desse volume, 426 milhões ficam com o setor sucroalcooleiro (açúcar e álcool) e 50 milhões para outros fins.

DIAS BRANCO
O grupo M. Dias Branco, que atua no setor de biscoito, massas, farinha e farelo de trigo -além de margarinas e gorduras vegetais- pretende construir um moinho na região Sul ou Sudeste. A empresa já possui unidades em Fortaleza, Natal, Paraíba e Bahia. Entre os cotados para o investimento estão São Paulo e Paraná.


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