São Paulo, terça, 1 de dezembro de 1998

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NEGÓCIO
Espera-se para hoje acordo entre empresas francesa e belga
Total deverá comprar parte da Petrofina por US$ 9,5 bilhões

das agências internacionais

A Total, segunda maior companhia francesa e quinta maior da Europa do setor energético, deve anunciar hoje a aquisição de parte da Petrofina, empresa petroquímica belga. Estima-se que a operação envolva cerca de US$ 9,5 bilhões.
As duas companhias não quiseram comentar o acordo ontem. Ambas, no entanto, marcaram para hoje, em Paris, um pronunciamento oficial.
Analistas estimam que o negócio possibilitará um corte de aproximadamente US$ 1 bilhão nos custos das empresas.
As ações da Petrofina tiveram suas negociações suspensas ontem em Bruxelas, depois de terem registrado ganhos de cerca de 18% na última semana devido às especulações sobre uma possível fusão.
O acordo entre a Total e a Petrofina, se for confirmado, pode coincidir com o anúncio de compra da Mobil, segunda maior companhia petrolífera dos EUA, pela Exxon, a maior do mundo no setor.
Alguns analistas esperam para hoje a confirmação do acordo entre as duas gigantes norte-americanas, em um negócio que pode superar os US$ 80 bilhões.
Com sede em Irving, no Estado do Texas, a Exxon registrou em 1997 vendas de US$ 137 bilhões. A Mobil, cuja base fica em Fairfax, no Estado da Virginia, teve vendas de US$ 66 bilhões. As duas companhias somariam mais de US$ 230 bilhões em valores de mercado.
Juntas, a Exxon e a Mobil teriam produção diária de cerca de 2,5 milhões de barris de petróleo, o que colocaria a nova empresa na terceira posição em uma lista de países produtores. Os primeiros lugares ficam com Arábia Saudita e Irã, com suas companhias Saudi Aramco e National Iranian Oil, respectivamente.

Medicamentos
Ontem, fontes próximas às negociações entre a Rhone-Poulenc e a Hoescht, líderes dos setores farmacêuticos da França e da Alemanha, afirmaram que as empresas teriam chegado a um acordo para unir suas áreas de medicamentos, sementes e pesticidas. O negócio criará a segunda maior do mundo do setor farmacêutico, atrás da Merck & Co.
As negociações foram confirmadas na semana passada. O anúncio oficial também pode ser anunciado hoje, segundo fontes próximas às duas empresas. A fusão resultará na criação de uma companhia com vendas anuais de US$ 11,3 bilhões em medicamentos. A indústria farmacêutica movimenta cerca de US$ 242 bilhões.
Ontem, a anglo-holandesa Shell e a norte-americana Texaco anunciaram que haviam desistido dos planos de formar uma aliança européia no setor de refinaria e venda de derivados de petróleo. As negociações haviam sido iniciadas em setembro.
Estima-se que as duas empresas desistiram do projeto devido à possibilidade de encontrarem oposição da Comissão Européia, que poderia impedir a operação para evitar o monopólio do setor.



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