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NEGÓCIO
Espera-se para hoje acordo entre empresas francesa e belga
Total deverá comprar parte da Petrofina por US$ 9,5 bilhões
das agências internacionais
A Total, segunda maior companhia francesa e quinta maior da
Europa do setor energético, deve
anunciar hoje a aquisição de parte
da Petrofina, empresa petroquímica belga. Estima-se que a operação
envolva cerca de US$ 9,5 bilhões.
As duas companhias não quiseram comentar o acordo ontem.
Ambas, no entanto, marcaram para hoje, em Paris, um pronunciamento oficial.
Analistas estimam que o negócio
possibilitará um corte de aproximadamente US$ 1 bilhão nos custos das empresas.
As ações da Petrofina tiveram
suas negociações suspensas ontem
em Bruxelas, depois de terem registrado ganhos de cerca de 18% na
última semana devido às especulações sobre uma possível fusão.
O acordo entre a Total e a Petrofina, se for confirmado, pode coincidir com o anúncio de compra da
Mobil, segunda maior companhia
petrolífera dos EUA, pela Exxon, a
maior do mundo no setor.
Alguns analistas esperam para
hoje a confirmação do acordo entre as duas gigantes norte-americanas, em um negócio que pode
superar os US$ 80 bilhões.
Com sede em Irving, no Estado
do Texas, a Exxon registrou em
1997 vendas de US$ 137 bilhões. A
Mobil, cuja base fica em Fairfax, no
Estado da Virginia, teve vendas de
US$ 66 bilhões. As duas companhias somariam mais de US$ 230
bilhões em valores de mercado.
Juntas, a Exxon e a Mobil teriam
produção diária de cerca de 2,5 milhões de barris de petróleo, o que
colocaria a nova empresa na terceira posição em uma lista de países produtores. Os primeiros lugares ficam com Arábia Saudita e Irã,
com suas companhias Saudi
Aramco e National Iranian Oil,
respectivamente.
Medicamentos
Ontem, fontes próximas às negociações entre a Rhone-Poulenc e a
Hoescht, líderes dos setores farmacêuticos da França e da Alemanha, afirmaram que as empresas
teriam chegado a um acordo para
unir suas áreas de medicamentos,
sementes e pesticidas. O negócio
criará a segunda maior do mundo
do setor farmacêutico, atrás da
Merck & Co.
As negociações foram confirmadas na semana passada. O anúncio
oficial também pode ser anunciado hoje, segundo fontes próximas
às duas empresas. A fusão resultará na criação de uma companhia
com vendas anuais de US$ 11,3 bilhões em medicamentos. A indústria farmacêutica movimenta cerca de US$ 242 bilhões.
Ontem, a anglo-holandesa Shell
e a norte-americana Texaco anunciaram que haviam desistido dos
planos de formar uma aliança européia no setor de refinaria e venda
de derivados de petróleo. As negociações haviam sido iniciadas em
setembro.
Estima-se que as duas empresas
desistiram do projeto devido à
possibilidade de encontrarem
oposição da Comissão Européia,
que poderia impedir a operação
para evitar o monopólio do setor.
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