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Furlan quer secretaria para elevar comércio
SÍLVIA MUGNATTO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro do Desenvolvimento, Luís Fernando Furlan, disse
ontem que pretende criar uma secretaria específica para cuidar da
promoção comercial do Brasil no
exterior.
Furlan pretende colocar nessa
tarefa cerca de 90 técnicos de comércio exterior que foram contratados pelo ministério no ano
passado. "Vamos colocar essa garotada para correr o mundo. Não
quero ninguém pilotando escrivaninha", disse.
Para ele, a atual Secretaria de
Comércio Exterior está mais voltada para a normatização do comércio e para o Siscomex (Sistema Integrado de Comércio Exterior). Por isso, será necessário
criar uma estrutura para promover os produtos do país no exterior. Esse trabalho será desenvolvido com o ministro das Relações
Exteriores, Celso Amorim.
Hoje, os dois têm uma reunião
com o representante comercial do
governo americano, Robert Zoellick. Os EUA são o principal parceiro comercial do Brasil.
A "venda" do Brasil no exterior
também foi ressaltada pelo ex-ministro do Desenvolvimento, Sergio Amaral. Ele costumava dizer
que era necessário levar os empresários "pela mão" para conhecer novos mercados. Amaral fez
várias viagens com empresários
para países como China e Índia.
Exportações para os EUA
Hoje, as exportações estão muito concentradas nos EUA, que
têm uma participação de 25,44%
nas compras de produtos brasileiros, de acordo com informações
acumuladas para o período janeiro/novembro de 2002.
Até 2001, logo após os EUA vinha a Argentina com uma participação de 8,81%. Em 2001, com o
agravamento da crise argentina,
houve queda significativa nas
vendas para aquele país.
Também há concentração na
lista de mercadorias exportáveis,
quase todos produtos básicos como soja e minério de ferro. Apenas 12 produtos representam 38%
das vendas para o exterior.
Furlan disse ainda que quer trazer muitas pessoas do setor privado para o governo.
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