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Volume de impostos sobre produtos sobe 8,5%
DA SUCURSAL DO RIO
O volume total de impostos
(ICMS, IPI e ISS) cobrados sobre
produtos e serviços teve o maior
crescimento desde 1995 e aumentou numa proporção maior do
que a do PIB (5,2%) em 2004.
A expansão do volume de impostos foi de 8,5% no ano passado, segundo o IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística). Em 2003, o indicador havia
caído 1,1%.
Com o maior crescimento econômico, subiu o volume de todos
os impostos que incidem sobre
produtos. O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços), que concentra cerca de
75% do peso dos impostos no
PIB, teve alta de 7,7% em 2004.
Já o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e o ISS (Imposto Sobre Serviços)- os dois
são computados em conjunto pelo IBGE- subiram 10,3%. O Imposto sobre Importação teve expansão de 17,6%.
O PIB não mede tributos sobre a
renda e movimentação financeira
nem taxas de serviços públicos e
outras.
Maior taxação nos líderes
Rebeca Palis, gerente de Contas
Nacionais Trimestrais do IBGE,
afirmou que o crescimento do volume de impostos aconteceu porque os produtos e serviços que lideraram a expansão econômica
de 2004 foram justamente aqueles
sobre os quais há maior incidência de impostos.
Ela citou o caso dos automóveis
e da energia elétrica, que têm a incidência de alíquotas maiores.
De acordo com cálculos da Receita Federal, com base em dados
do IBGE, a carga tributária caiu
0,65 ponto percentual em 2003.
Ficou em 34,88% do PIB, ante
35,53% em 2002.
Segundo prevêem especialistas,
essa tendência de queda não deve
ter ocorrido em 2004. Para eles, a
carga tributária provavelmente
terá crescido no ano passado.
Só será possível, porém, medir a
carga tributária com precisão no
terceiro trimestre deste ano,
quando o IBGE divulgar os dados
definitivos do PIB do ano passado, em reais.
Entretanto um cálculo preliminar elaborado pelo advogado Gilberto Luiz do Amaral, presidente
do IBPT (Instituto Brasileiro de
Planejamento Tributário), indica
que a carga tributária teria crescido no país em 2004, passando para 36,56% do PIB.
Principais motivos para a alta
da carga fiscal em 2004: aumento
da Cofins para as empresas, de 3%
para 7,6%, a partir de fevereiro;
taxação das importações pelo
PIS/Cofins, a partir de maio; não-correção da tabela do Imposto de
Renda das pessoas físicas e manutenção da alíquota de 27,5%; aumentos do teto das contribuições
ao INSS em janeiro e em maio; aumento, a partir de janeiro, em
50% das alíquotas das micro e pequenas empresas optantes pelo
Simples, que tenham pelo menos
30% de suas receitas provenientes
da prestação de serviços.
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