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Países ricos
também têm
"lição de casa"
DA ENVIADA ESPECIAL AO RIO
As economias mais ricas do
mundo também têm uma lista de
recomendações para implementar. A OCDE (Organização para
Cooperação e Desenvolvimento
Econômico) publicou ontem um
relatório com as principais receitas de crescimento a serem adotadas por seus países-membros.
Para os países da União Européia, a organização multilateral
propõe a maior mobilidade dos
trabalhadores dentro do bloco e
mais reformas no sistema de políticas públicas de apoio à agricultura. Já o Japão e países de língua
inglesa devem concentrar esforços na melhoria da produtividade
da mão-de-obra.
Sem essas reformas, argumenta
a organização, esses países vão
aumentar continuamente a distância entre o PIB (Produto Interno Bruto) per capita de seus habitantes em relação à população dos
Estados Unidos.
Até dez anos atrás, os demais
países industrializados estavam se
aproximando dos EUA, mas, agora, estão ficando para trás. "Uma
desaceleração do crescimento da
produtividade do trabalho desde
meados dos anos 90 combinada
com um fraco crescimento da utilização da mão-de-obra resultou
no afastamento da renda per capita [da União Européia] em relação aos EUA", diz o relatório.
A Alemanha, por exemplo, foi
aconselhada a flexibilizar o mercado de trabalho. A França, de
acordo com a OCDE, deveria diminuir o salário mínimo para os
jovens e para trabalhadores com
baixa qualificação.
Os EUA, que foram usados como parâmetro de economia industrializada, também não escaparam de críticas. Para o país, as
principais recomendações foram
reformas no sistema de seguro-saúde e elevação do padrão do sistema educacional.
Os responsáveis pela elaboração
desse estudo disseram que as recomendações foram baseadas
num detalhado estudo comparativo do desempenho das economias dos países da organização.
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