São Paulo, quarta-feira, 02 de março de 2005

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Países ricos também têm "lição de casa"

DA ENVIADA ESPECIAL AO RIO

As economias mais ricas do mundo também têm uma lista de recomendações para implementar. A OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) publicou ontem um relatório com as principais receitas de crescimento a serem adotadas por seus países-membros.
Para os países da União Européia, a organização multilateral propõe a maior mobilidade dos trabalhadores dentro do bloco e mais reformas no sistema de políticas públicas de apoio à agricultura. Já o Japão e países de língua inglesa devem concentrar esforços na melhoria da produtividade da mão-de-obra.
Sem essas reformas, argumenta a organização, esses países vão aumentar continuamente a distância entre o PIB (Produto Interno Bruto) per capita de seus habitantes em relação à população dos Estados Unidos.
Até dez anos atrás, os demais países industrializados estavam se aproximando dos EUA, mas, agora, estão ficando para trás. "Uma desaceleração do crescimento da produtividade do trabalho desde meados dos anos 90 combinada com um fraco crescimento da utilização da mão-de-obra resultou no afastamento da renda per capita [da União Européia] em relação aos EUA", diz o relatório.
A Alemanha, por exemplo, foi aconselhada a flexibilizar o mercado de trabalho. A França, de acordo com a OCDE, deveria diminuir o salário mínimo para os jovens e para trabalhadores com baixa qualificação.
Os EUA, que foram usados como parâmetro de economia industrializada, também não escaparam de críticas. Para o país, as principais recomendações foram reformas no sistema de seguro-saúde e elevação do padrão do sistema educacional.
Os responsáveis pela elaboração desse estudo disseram que as recomendações foram baseadas num detalhado estudo comparativo do desempenho das economias dos países da organização.


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