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Governo resiste a
tornar-se membro
da organização
DA ENVIADA ESPECIAL AO RIO
A OCDE, organização que
reúne as economias mais ricas
do mundo, corteja a adesão do
Brasil. Hoje, com 30 países-membros, o "clube dos ricos"
ensaia uma aproximação com
as grandes economias emergentes. "É um projeto da OCDE, mas cabe aos países a decisão de postular um pedido [de
admissão]", disse à Folha Andrew Dean, vice-diretor do Departamento de Estudos Econômicos da organização.
Por enquanto, a diplomacia
brasileira não manifestou publicamente o interesse de entrar para o "clube dos ricos". O
tema é historicamente uma
questão sensível para o Itamaraty, mas agrada a alguns setores econômicos do governo.
Ontem, entretanto, Joaquim
Levy, secretário do Tesouro,
disse que o Brasil está confortável com o seu atual status de
não-participante da organização. "Nós vemos a OCDE como
um fórum de discussão."
Na avaliação do embaixador
Rubens Ricupero, ex-secretário-geral da Unctad (Conferências das Nações Unidas para o
Comércio e o Desenvolvimento), a entrada do Brasil na organização acarretaria uma perda
da liderança brasileira entre os
países em desenvolvimento.
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