São Paulo, quarta-feira, 02 de março de 2005

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Governo resiste a tornar-se membro da organização

DA ENVIADA ESPECIAL AO RIO

A OCDE, organização que reúne as economias mais ricas do mundo, corteja a adesão do Brasil. Hoje, com 30 países-membros, o "clube dos ricos" ensaia uma aproximação com as grandes economias emergentes. "É um projeto da OCDE, mas cabe aos países a decisão de postular um pedido [de admissão]", disse à Folha Andrew Dean, vice-diretor do Departamento de Estudos Econômicos da organização.
Por enquanto, a diplomacia brasileira não manifestou publicamente o interesse de entrar para o "clube dos ricos". O tema é historicamente uma questão sensível para o Itamaraty, mas agrada a alguns setores econômicos do governo.
Ontem, entretanto, Joaquim Levy, secretário do Tesouro, disse que o Brasil está confortável com o seu atual status de não-participante da organização. "Nós vemos a OCDE como um fórum de discussão."
Na avaliação do embaixador Rubens Ricupero, ex-secretário-geral da Unctad (Conferências das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento), a entrada do Brasil na organização acarretaria uma perda da liderança brasileira entre os países em desenvolvimento.


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