São Paulo, quarta-feira, 02 de março de 2005 |
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES Carnes batem soja 1 A balança comercial começa o ano com uma novidade: as carnes rendem mais que a soja. As exportações de carnes (frango, bovina e suína) somaram US$ 829 milhões no primeiro bimestre, contra US$ 679 milhões do complexo soja. Carnes batem soja 2 Em 2004, as exportações do complexo soja somaram US$ 809 milhões no primeiro bimestre, 29% mais do que as de carnes. Neste ano, as exportações de carnes superam em 22% as de soja, mostra a Secex. Frango lidera As exportações de carne de frango lideram as receitas do setor neste ano, com US$ 406 milhões. A carne bovina vem a seguir, com US$ 281 milhões, mas é a de suínos que tem o maior crescimento no período: 141%. A suinocultura exportou US$ 142 milhões, contra US$ 59 milhões no primeiro bimestre de 2004. Queda geral No complexo soja, a queda é generalizada. As vendas de farelo somaram US$ 363 milhões, com redução de 13% no bimestre. Já as de soja em grãos caíram para US$ 168 milhões, menos 26% do que em 2004. As de óleo de soja recuaram para US$ 148 milhões, com queda de 12% no período. Café quente O café é uma das commodities que mais mostram recuperação de preço, após vários anos com receitas curtas. Neste ano, o setor arrecadou US$ 366 milhões, com alta de 64% sobre 2004. Outros produtos de destaque neste ano foram fumo em folhas (mais 126%), açúcar bruto (69%) e algodão bruto (55%). Muito preocupados Os produtores de soja dos EUA estão muito preocupados com os custos de produção nesta safra 2005/6. Foi o que constatou Fernando Muraro, da Agência Rural, que participou do "outlook" do Departamento de Agricultura dos EUA na semana passada. Motivos para preocupação Muraro diz que os norte-americanos têm motivos para preocupação. A ferrugem nas plantações do Sul do país deverá gerar gasto extra de US$ 2,70 por saca produzida, se forem feitas duas pulverizações. No Brasil, os custos ficam próximos de US$ 1,10. Em alta Os preços recebidos pelos produtores paulistas subiram 1,74% no mês passado, acima do 0,47% de janeiro, mostra o Instituto de Economia Agrícola. Nelson Martin, coordenador da pesquisa do IEA, diz que, em 12 meses, a alta acumulada foi de 15%. O que sobe Os dados do IEA mostram que os produtos que mais sobem neste ano são os "in natura", como batata (69%), cebola (25%) e ovos (20%). As quedas ficam para frango (16%) e amendoim (12%). Em 12 meses, a liderança na alta também é da batata (51%) e a maior queda é a da soja (38%). Mais álcool nos EUA A produção de álcool nos Estados Unidos chegou a 12,9 bilhões de litros no ano passado, segundo a RFA (Renewable Fuels Association). A utilização do combustível chegou a 13,4 bilhões, e a diferença foi garantida com importações. E-mail: mzafalon@folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado financeiro: Aumento de ônibus desanima investidor Próximo Texto: Tango da dívida: Kirchner decreta fim da moratória argentina Índice |
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